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terça-feira, dezembro 06, 2016

Os Cruzados queriam pilhar. As intenções boas eram mascaras



Curso Cruzadas Parte: 2
Veja a parte 1 AQUI


REFUTANDO ESTÁ MENTIRA

Uma opinião comum entre os historiadores é a de que o aumento da população na Europa originou uma crise, devida ao excesso de “segundos filhos” de nobres, treinados nas artes bélicas de cavalaria, mas sem terras ou feudos onde se estabelecer.

Por esse motivo, as Cruzadas seriam uma válvula de escape, mandando esses homens belicosos para longe da Europa, onde pudessem obter terras para si à custa dos outros.

Os pesquisadores atuais, graças à ajuda de bancos de dados computadorizados, desmontaram esse mito.

Hoje sabemos que os “primeiros filhos” da Europa foram os que responderam ao apelo do Papa em 1095, e também nas Cruzadas seguintes.

Empreender uma Cruzada era uma operação extremamente cara.

Os Senhores tiveram que hipotecar suas terras para angariar os fundos necessários.

Além do mais, não estavam interessados em reinos no além-mar. Como os soldados de hoje, o Cruzado medieval orgulhava se de estar cumprindo o seu dever, mas queria voltar para casa.

Após o espetacular sucesso da Primeira Cruzada, com Jerusalém e grande parte da Palestina em seu poder, quase todos os Cruzados voltaram.

Somente um pequeno grupo ficou para consolidar e governar os territórios recém-conquistados.

Foram raras as pilhagens.

Embora de fato sonhassem com as grandes riquezas das cidades do Oriente, praticamente nenhum Cruzado conseguiu recuperar os seus gastos.

Mas não foram nem o dinheiro nem as terras o principal motivo que os levaram às Cruzadas: o que queriam era fazer penitência pelos seus pecados e merecer a própria salvação fazendo boas obras em terras distantes.


Continua... 

Curso em refutação aos mitos das cruzadas.

Autor: Thomas F. Madden.

As Cruzadas foram contra pacíficos muçulmanos que nada fizeram contra o Ocidente?



Curso Cruzadas Parte: 1

Não há nada de mais falso. 

Desde os tempos de Maomé, os muçulmanos lançaram-se à conquista do mundo cristão. 

E fizeram um ótimo trabalho: após poucos séculos de incessantes conquistas, os exércitos muçulmanos tomaram todo o norte da África, o Oriente Médio, a Ásia Menor e a maior parte da Península Ibérica. 

Em outras palavras: ao findar o século XI, as forças islâmicas já haviam capturado dois terços do mundo cristão. 

A Palestina, terra de Jesus Cristo; o Egito, berço do monaquismo cristão; a Ásia Menor, onde São Paulo estabeleceu as primeiras comunidades cristãs. 

Não conquistaram a periferia da Cristandade, mas o seu núcleo. E os impérios muçulmanos não pararam por aí: continuaram pressionando pelo leste em direção a Constantinopla, até que finalmente a tomaram e invadiram a própria Europa.

Se uma agressão não-provocada existiu, foi a muçulmana. Chegou-se a um ponto em que só restava à Cristandade defender-se ou simplesmente sucumbir à conquista muçulmana. 

A Primeira Cruzada foi convocada pelo Papa Urbano II em 1095 para atender aos apelos urgentes do Imperador bizantino de Constantinopla, Aleixo I Comneno (1081-1118). 

Urbano convocou os cavaleiros cristãos para irem em socorro dos seus irmãos do Leste. 

Foi uma obra de misericórdia: livrar os cristãos do Oriente de seus conquistadores muçulmanos. 

Em outras palavras, as Cruzadas foram desde o início uma guerra defensiva. 

Toda a história das Cruzadas do Ocidente foi a história de uma resposta à agressão muçulmana.

Continua... Os Cruzados queriam pilhar. As intenções boas eram mascaras

Curso em refutação aos mitos das cruzadas. 


(Autor: Thomas F. Madden.)