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sexta-feira, agosto 19, 2016

Os 10 mandamentos do casal


Na vida a dois, tudo pode e deve ser importante, pois a felicidade nasce das pequenas coisas

Uma equipe de psicólogos e especialistas americanos, que trabalhava em terapia conjugal, elaborou “Os Dez Mandamentos do Casal”. Gostaria de analisá-los aqui, já que trazem muita sabedoria para a vida e felicidade dos casais. É mais fácil aprender com o erro dos outros do que com os próprios.

1. Nunca se irritar ao mesmo tempo

A todo custo evitar a explosão. Quanto mais a situação é complicada, tanto mais a calma é necessária. Então, será preciso que um dos dois acione o mecanismo que assegure a calma de ambos diante da situação conflitante. É preciso nos convencermos de que na explosão nada será feito de bom. Todos sabemos bem quais são os frutos de uma explosão: apenas destroços, morte e tristeza. Portanto, jamais permitir que a explosão chegue a acontecer. Dom Hélder Câmara tem um belo pensamento que diz: “Há criaturas que são como a cana, mesmo postas na moenda, esmagadas de todo, reduzidas a bagaço, só sabem dar doçura…”.

2. Nunca gritar um com o outro

A não ser que a casa esteja pegando fogo. Quem tem bons argumentos não precisa gritar. Quanto mais alguém grita, tanto menos é ouvido. Alguém me disse, certa vez, que se gritar resolvesse alguma coisa, porco nenhum morreria. Gritar é próprio daquele que é fraco moralmente, e precisa impor pelos gritos aquilo que não consegue pelos argumentos e pela razão.
3. Se alguém tiver de ganhar na discussão, deixar que seja o outro

Perder uma discussão pode ser um ato de inteligência e de amor. Dialogar jamais será discutir, pela simples razão de que a discussão pressupõe um vencedor e um derrotado, e no diálogo não. Portanto, se por descuido nosso, o diálogo se transformar em discussão, permita que o outro “vença”, para que mais rapidamente ela termine. Discussão no casamento é sinônimo de “guerra”; uma luta inglória. “A vitória na guerra deveria ser comemorada com um funeral”, dizia Lao Tsé. Que vantagem há em se ganhar uma disputa contra aquele que é a nossa própria carne? É preciso que o casal tenha a determinação de não provocar brigas; não podemos nos esquecer de que basta uma pequena nuvem para esconder o sol. Muitas vezes, uma pequena discussão esconde por muitos dias o sol da alegria no lar.

4. Se for inevitável chamar a atenção, fazê-lo com amor

A outra parte tem de entender que a crítica tem o objetivo de somar e não de dividir. Só tem sentido a crítica que for construtiva; e essa é amorosa, sem acusações e condenações. Antes de apontarmos um defeito, é sempre aconselhável apresentar duas qualidades do outro. Isso funciona como um anestésico para que se possa fazer o curativo sem dor. E reze pelo outro antes de abordá-lo em um problema difícil. Peça ao Senhor e a Nossa Senhora que preparem o coração dele para receber bem o que você precisa dizer-lhe. Deus é o primeiro interessado na harmonia do casal.

5. Nunca jogar no rosto do outro os erros do passado

A pessoa é sempre maior que seus erros, e ninguém gosta de ser caracterizado por seus defeitos. Toda as vezes em que acusamos a pessoa por seus erros passados, estamos trazendo-os de volta e dificultando que ela se livre deles. Certamente não é isso que queremos para a pessoa amada. É preciso todo o cuidado para que isso não ocorra nos momentos de discussão. Nessas horas o melhor é manter a boca fechada.

Aquele que estiver mais calmo, que for mais controlado, deverá ficar quieto e deixar o outro falar até que se acalme. Não revidar em palavras, senão a discussão aumenta e tudo de mau pode acontecer em termos de ressentimentos, mágoas e dolorosas feridas.

Nos tempos horríveis da “Guerra Fria”, quando pairava sobre o mundo todo o perigo de uma guerra nuclear, como uma espada de Dâmocles sobre as nossas cabeças, o Papa Paulo VI avisou o mundo: “A paz se impõe” somente com a paz, pela clemência, pela misericórdia, pela caridade. Ora, se isso é válido para o mundo encontrar a paz, muito mais é válido para todos os casais viverem bem. Portanto, como ensina Thomás de Kemphis, na Imitação de Cristo: “Primeiro conserva-te em paz, depois poderás pacificar os outros“. E Paulo VI, ardoroso defensor da paz, dizia: “Se a guerra é o outro nome da morte, a vida é o outro nome da paz”. Portanto, para haver vida no casamento é preciso haver a paz; e ela tem um preço: a nossa maturidade.

6. A displicência com qualquer pessoa é tolerável, menos com o cônjuge

Na vida a dois tudo pode e deve ser importante, pois a felicidade nasce das pequenas coisas. A falta de atenção para com o cônjuge é triste na vida do casal e demonstra desprezo para com o outro. Seja atento ao que ele diz, aos seus problemas e aspirações.

7. Nunca ir dormir sem ter chegado a um acordo

Se isso não acontecer, no dia seguinte o problema poderá ser bem maior. Não se pode deixar acumular problema sobre problema sem solução. Já pensou se você usasse a mesma leiteira que já usou no dia anterior, para ferver o leite, sem antes lavá-la? O leite certamente azedaria. O mesmo acontece quando acordamos sem resolver os conflitos de ontem. Os problemas da vida conjugal são normais e exigem de nós atenção e coragem para enfrentá-los, até que sejam solucionados, com o nosso trabalho e com a graça de Deus. A atitude da avestruz, da fuga, é a pior que existe. Com paz e perseverança busquemos a solução.

8. Pelo menos uma vez ao dia, dizer ao outro uma palavra carinhosa

Muitos têm reservas enormes de ternura, mas se esquecem de expressá-las em voz alta. Não basta amar o outro, é preciso dizer isso também com palavras. Especialmente para as mulheres, isso tem um efeito quase mágico. É um tônico que muda completamente o seu estado de ânimo, humor e bem-estar. Muitos homens têm dificuldade nesse ponto; alguns por problemas de educação, mas a maioria porque ainda não se deu conta da sua importância. Como são importantes essas expressões de carinho que fazem o outro crescer: “Eu te amo!”; “Você é muito importante para mim”; “Sem você eu não teria conseguido vencer este problema”; “A sua presença é importante para mim”; “Suas palavras me ajudam a viver”… Diga isso ao outro com toda sinceridade, todas as vezes em que experimentar o auxílio edificante dele.

9. Cometendo um erro, saber admiti-lo e pedir desculpas

Admitir um erro não é humilhação. A pessoa que admite o seu erro demonstra ser honesta consigo mesma e com o outro. Quando erramos não temos duas alternativas honestas, apenas uma: reconhecer o erro, pedir perdão e procurar remediar o que fizemos de errado, com o propósito de não repeti-lo. Isso é ser humilde. Agindo assim, mesmo os nossos erros e quedas serão alavancas para o nosso amadurecimento e crescimento. Quando temos a coragem de pedir perdão, vencendo o nosso orgulho, eliminamos quase de vez o motivo do conflito no relacionamento e a paz retorna aos corações. É nobre pedir perdão!

10. Quando um não quer, dois não brigam

É a sabedoria popular que ensina isso. Será preciso então que alguém tome a iniciativa de quebrar o ciclo pernicioso que leva à briga. Tomar essa iniciativa será sempre um gesto de grandeza, maturidade e amor. E a melhor maneira será não “pôr lenha na fogueira”, isto é, não alimentar a discussão. Muitas vezes é pelo silêncio de um que a calma retorna ao coração do outro. Outras vezes, será por um abraço carinhoso ou por uma palavra amiga.

Todos nós temos a necessidade de um “bode expiatório” quando algo adverso nos ocorre. Quase que inconscientemente queremos, como se diz, “pegar alguém para Cristo” a fim de desabafar as nossas mágoas e tensões. Isso é um mecanismo de compensação psicológica que age em todos nós nas horas amargas, mas é um grande perigo na vida familiar. Quantas e quantas vezes acabam “pagando o pato” as pessoas que nada têm a ver com o problema que nos afetou. Algumas vezes são os filhos que apanham do pai que chega em casa nervoso e cansado; outras vezes é a esposa ou o marido que recebe do outro uma enxurrada de lamentações, reclamações e ofensas, sem quase nada ter a ver com o problema em si.

Temos que nos vigiar e policiar nessas horas para não permitir que o sangue quente nas veias gere uma série de injustiças com os outros. E temos de tomar redobrada atenção com os familiares, pois, normalmente são eles que sofrem as consequências de nossos desatinos. No serviço, e fora de casa, respeitamos as pessoas, o chefe, a secretária, etc., mas, em casa, onde somos “familiares”, o desrespeito acaba acontecendo. Exatamente onde estão os nossos entes mais queridos, no lar, é ali que, injustamente, descarregamos as paixões e o nervosismo. É preciso toda a atenção e vigilância para que isso não aconteça.

Os filhos, a esposa, o esposo, são aqueles que merecem o nosso primeiro amor e tudo de bom que trazemos no coração. Portanto, antes de entrarmos no recinto sagrado do lar, é preciso deixar lá fora as mágoas, os problemas e as tensões. Estas, até podem ser tratadas na família, buscando-se uma solução para os problemas, mas, com delicadeza, diálogo, fé e otimismo. É o amor dos esposos que gera o amor da família e que produz o “alimento” e o “oxigênio” mais importante para os filhos.

Na Encíclica Redemptor Hominis, o saudoso Papa João Paulo II afirma algo marcante: “O homem não pode viver sem amor. Ele permanece para si próprio um ser incompreensível e a sua vida é destituída de sentido, se não lhe for revelado o amor, se ele não se encontra com o amor, se não o experimenta e se não o torna algo próprio, se nele não participa vivamente” (RH,10). Sem o amor a família nunca poderá atingir a sua identidade, isto é, ser uma comunidade de pessoas.

O amor é mais forte do que a morte e é capaz de superar todos os obstáculos para construir o outro. Assim se expressa o autor do Cântico dos Cânticos: “O amor é forte como a morte… Suas centelhas são centelhas de fogo, uma chama divina. As torrentes não poderiam extinguir o amor, nem os rios o poderiam submergir.” (Ct 8,6-7).

Há alguns casais que dizem que vão se separar porque acabou o amor entre eles. Será verdade? Seria mais coerente dizer que o “verdadeiro” amor não existiu entre eles. Não cresceu e não amadureceu; foi queimado pelo sol forte do egoísmo e sufocado pelo amor-próprio de cada um. Não seria mais coerente dizer: “Nós matamos o nosso amor?”

O poeta cristão Paul Claudel resumiu, de maneira bela, a grandeza da vida do casal: “O amor verdadeiro é dom recíproco que dois seres felizes fazem livremente de si próprios, de tudo o que são e têm. Isto pareceu a Deus algo de tão grande que Ele o tornou sacramento.”

(Trecho extraído do livro: “Família, santuário da vida”).

sexta-feira, julho 15, 2016

13 maneiras incrivelmente simples de demonstrar seu amor



São Paulo, ao falar do amor entre os esposos, sempre destaca a importância de 3 ações: servir, cuidar e respeitar. Estes são gestos de doação e entrega, e refletem a entrega da Igreja a Jesus Cristo.

Mas para que esse amor se consolide e dure, é preciso cultivá-lo a cada dia, e demonstrá-lo em gestos concretos. Por isso, apresentamos, a seguir, algumas dicas para demonstrar seu amor na vida cotidiana:

1. Jamais critique o outro na frente de amigos ou familiares: a lealdade e o cuidado mútuo são essenciais para proteger o relacionamento.


2. Evite fazer o outro se sentir mal quando você realiza as tarefas domésticas: nada de fazer as coisas de cara fechada ou acusando o outro de não colaborar. Dialoguem, dividam as tarefas e realizem-nas com alegria.


3. Veja filmes do gosto do outro: pode ser uma comédia romântica ou um filme de ação e guerra; o que importa é interessar-se pelo outro e demonstrar isso com atos concretos.


4. Busque complementar ao invés de criticar: ao identificar diferenças de opinião, gostos etc., procure encontrar a maneira de melhorar e solucionar as coisas, ao invés de ficar apenas criticando o que está ruim.


5. Permita que o outro tenha tempo para si mesmo: mesmo que os hobbies do outro pareçam sem sentido ou inúteis, dê-lhe esse espaço para seus passatempos.


6. Faça o possível para manter-se atraente para ele(a): pequenos gestos, como vestir-se de maneira especial, maquiar-se, mesmo que em compromissos do dia a dia, podem fazer uma grande diferença.


7. Diga que você tem orgulho dele(a): não espere grandes ocasiões para prestar atenção nas coisas que seu cônjuge faz bem, nem para dizer-lhe o quanto você se orgulha dele; que isso faça parte do cotidiano de vocês.


8. Beije com paixão: um beijo apaixonado, dado com amor e ternura, não só desconcerta, mas renova o relacionamento e recorda esse sentimento que a vida às vezes nos faz deixar de lado.


9. Não vá dormir sem perdoar: seja sincero(a) ao expressar o que lhe ofendeu e ofereça seu perdão como gesto de amor e compreensão.


10. Demonstre seu amor especialmente quando ele(a) tiver um dia ruim: mesmo que o outro esteja de mau humor e pareça chato, aproveite a oportunidade para apoiá-lo e mostrar sua alegria em tê-lo ao seu lado.


11. Mostre sua gratidão: seja sempre agradecido(a), especialmente quando o outro ajudar em pequenas tarefas, mesmo que se trate de coisas simples.


12. Seja honesto(a): o outro precisa que você lhe diga o que sente e pensa, especialmente quando lhe perguntar. Nunca diga “Não é nada”; saiba conjugar amor e franqueza, sem medo de expressar o que você traz em seu interior.


13. Reze por ele(a) diariamente: esta é uma das expressões mais profundas do amor, e consiste em ser fiel na oração diária por quem você ama. É o melhor presente que você pode dar a Deus também. Vocês são uma só carne: seja realmente um suporte espiritual para o seu cônjuge.


quinta-feira, julho 14, 2016

Os dez mandamentos do casal



1. Amai a Deus sobre todas as coisas. E em segundo lugar, amai o seu cônjuge. Amai-o mais que a vossos filhos. Amai-o até o ponto de dar sua própria vida por ele.

2. Rezem juntos. A prece individual é excelente e imprescindível pra todo cristão. Mas a prece conjunta, com o cônjuge, é excelente e imprescindível pra todo casal. É ótimo quando um ouve o que o outro está pedindo e agradecendo a Deus. Assim um conhece os anseios e aspirações do outro no sublime momento da oração, e isso facilita muito a comunhão. Sempre que possível, rezar juntos o Santo Rosário, ou o Terço.

3. Seja a Santa Missa a vossa prioridade no Domingo, dia do Senhor. Ide primeiro à Santa Missa, depois às outras atividades. Ide à Santa Missa sempre juntos, como convém ao casal católico, e se tiverem filhos, que eles os acompanhem desde tenra idade, e cresçam em um lar onde se aprende desde cedo a importância da Santa Missa e do dia do Senhor.

4. Não hesitem em exercer a vossa autoridade dentro do vosso lar. Não deixem que entre em vosso lar qualquer coisa que possa comprometer a busca da santidade na vossa família. Assim, vocês serão pais e mães dignos de serem honrados.

5. Não desautorize, nem agrida, nem ofenda o seu cônjuge. Nunca. Muito menos na frente dos filhos.

6. Vivam castamente o vosso casamento. O matrimônio não é, e nem nunca foi, uma “licença para a luxúria”. Não aceitem rebaixar a vossa união (que é um Sacramento) ao patamar das uniões ilícitas. Respeitem o vosso leito como se fosse um altar.

7. Jamais durmam brigados. Se houver algum desentendimento, fiquem acordados até fazerem as pazes, mas jamais durmam brigados, como se isso fosse normal. Dormir separados então, nem pensar. Nada de um dos dois ir dormir na sala.

8. Não minta nem esconda nada de seu cônjuge. Conquiste a sua confiança, e confie também nele. Vocês devem ser sempre um pelo outro acima de tudo. Esteja sempre pronto a se sacrificar pelo teu cônjuge. E aqui, com sacrifício, não falo exatamente de morrer literalmente, mas de morrer simbolicamente, abrindo mão de toda paixão ou vício que possa atrapalhar a vossa união.

9. Estudem juntos a Fé Católica. É impossível amar aquilo que não se conhece. Por isso, estudem juntos a Fé Católica, o catecismo, os 10 mandamentos, as virtudes cardeais e teologais. E façam juntos obras de caridade e de misericórdia. Aprendam juntos para ensinarem bem a vossos filhos.

10. Tenha em vossa casa um crucifixo em lugar bem exposto, a fim de que Cristo, modelo de noivo, esteja a todo momento a vos lembrar até que ponto vocês devem se amar. E também para que todos os que entrarem em vossa casa saibam de que tipo de seres humanos é composta a família que estais a construir.

quarta-feira, julho 13, 2016

Namorados: 10 perguntas que vocês precisam se fazer antes de casar!

Há conversas que não podem ser deixadas para depois


Quando o Papa Francisco disse que uma grande parte dos casamentos sacramentais é nula, não foram poucos os católicos que admitiram já andar refletindo sobre essa mesma hipótese há muito tempo!

Trabalhando em aconselhamento familiar, entrevistando casais em crise e avaliando como e por que eles se casaram, é frequente perceber que, muitas vezes, marido e mulher consideraram o sacramento como uma simples bênção, mais como um costume social do que como uma realidade sobrenatural.

Diante da enorme quantidade de casamentos em crise, é o caso de nos perguntarmos se todos esses casais estão realmente “casados como Deus manda”. A resposta para a crise pode estar nisso mesmo, na falta de um entendimento real dos efeitos do sacramento para os cônjuges e para os filhos.

Além do desconhecimento do que é o matrimônio, outro problema generalizado que aparece entre as bases da crise matrimonial é o desconhecimento mútuo entre os cônjuges. Eles se casam porque estão apaixonados, e, quando a paixão se esvai, querem se “descasar”. Não sabem, simplesmente, o que fazer com essa relação que se tornou “estranha”.

Por tudo isso, juntamente com um denso reforço da catequese matrimonial prévia E posterior ao casamento, os esposo precisam de diálogo para prevenir e minimizar o risco dessas crises.

Nesses diálogos, há perguntas que precisam ser feitas com clareza antes do casamento – do contrário, o matrimônio poderia até ser nulo! Aqui vão 10 delas:

1. Compreendemos realmente o dom e o mistério do sacramento do matrimônio?

O matrimônio é um sacramento, ou seja, um sinal sensível e eficaz da graça. E qual é a graça própria do sacramento? O aperfeiçoamento dos cônjuges! Isso não quer dizer que o “foco” de um cônjuge seja aperfeiçoar o outro: quer dizer que cada cônjuge conta com a ajuda de uma graça especial de Deus, que é a graça própria do sacramento do matrimônio, para aperfeiçoar a si próprio em relação ao cônjuge. Todos querem se casar com seu par perfeito, mas muito poucos estão dispostos a se transformar no par perfeito para o seu cônjuge. Pois bem: é precisamente nisto que a graça sacramental ajuda!

2. Estamos realmente comprometidos?

O namoro é o tempo privilegiado de preparação próxima para o matrimônio. E essa preparação é para ser fiéis, amar e respeitar na saúde e na doença, na prosperidade e na adversidade, para sempre (ou, pelo menos, “até que a morte nos separe”). Esta vontade firme de assumir o compromisso para sempre deve ser tema de conversa obrigatória antes de se tomar a decisão de casar. Depois, quando vierem as dificuldades (e elas virão), haverá força para enfrentá-las graças ao alicerce firmado nessa primeira decisão: “Vamos superar, porque temos a determinação de perseverar em nosso matrimônio para sempre”.

3. Como está a nossa amizade?

Parece incrível, mas muito pouca gente vê o seu futuro cônjuge como “seu melhor amigo”. Há muitas ideias superficiais e infundadas sobre o suposto “risco” de que a amizade “apague o amor”. Evidentemente, a amizade conjugal é um tipo especial de amizade, mas tem muitas características em comum com aquela amizade entendida em sentido “comum”: ela também precisa ser enriquecida todos os dias, cultivada mediante o diálogo, a atenção, a amabilidade, a confiança. E, depois do casamento, o cultivo dessa amizade conjugal tem que ser ainda mais intenso!

4. Quantos filhos queremos ter?

Tema crucial! E mais: como vamos educá-los? Como vamos formá-los na vida cristã? O que acontece caso não possamos ter filhos? Adotamos? Quantos? Essas perguntas também levam a outra igualmente essencial: a visão da sexualidade matrimonial.

5. Compreendemos a sexualidade dentro do matrimônio?


Pode ser um assunto difícil para alguns namorados antes do casamento, mas é fundamental! É preciso estudar, compreender e saber explicar os ensinamentos da Igreja a respeito da transmissão da vida. A série de catequeses de São João Paulo II que compõe a chamada “Teologia do Corpo” é extraordinária. Se não for possível conhecê-la a fundo, é necessário ao menos ler o que diz o Catecismo da Igreja Católica a respeito da sexualidade. Seu vínculo direto com a virtude da castidade também é algo essencial a ser entendido, pois é muito comum cair no erro de interpretar a castidade como ausência de uma sexualidade ativa: na verdade, a castidade é o modo cristão de orientar e viver a dimensão sexual humana, e não a negação do sexo. Esse entendimento é imprescindível para que não apenas se saiba esperar até o matrimônio a fim de exercer cristãmente a sexualidade conjugal, mas também para que se entenda como e para que esperar!

6. Como protegeremos o nosso matrimônio da infidelidade, da pornografia e das demais tentações relacionadas com a vivência da sexualidade?


A castidade conjugal pode e deve ser descoberta e cultivada antes do matrimônio, e falar dessas ameaças contra ela vai ajudar a prevenir e até a “blindar” o casamento. Vivemos em uma época hipersexualizada, que banaliza as relações afetivas e ataca o matrimônio com uma avalanche de pornografia da qual é praticamente impossível desviar-se por completo. O recurso frequente aos sacramentos e a conversa aberta e transparente como casal ajudam a enfrentar os ataques com menos risco.

7. Como lidar com as próprias famílias?

No Gênesis, nos Evangelhos e na Carta de São Paulo aos Efésios, a Bíblia repete esta ideia ao menos três vezes: “Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher”. Mantendo sempre o devido respeito e carinho pelos pais e familiares, uma saudável e equilibrada distância é necessária para cimentar a paz conjugal. Não se trata, obviamente, de abandonar os pais, mas de proteger a intimidade do casal diante de eventuais intromissões.

8. E as finanças?

Este é outro tema que costuma ser delicado, mas que, por isso mesmo, é preciso abordar antes do casamento para evitar conflitos. Se os noivos pretendem viver um projeto em comum, é preciso traçar conjuntamente o que querem priorizar com seus recursos materiais. Os recursos que serão dedicados à família são da família, não de cada cônjuge: cada um, portanto, precisará renunciar a determinados hábitos da vida de solteiro.

9. Como vamos reagir quando tivermos discussões?


É importante conhecer o temperamento e o grau de autocontrole tanto próprio quanto do futuro cônjuge. É preciso saber quais são os “índices” de rancor, destempero, violência, capacidade de perdão… Os desacordos vão surgir quase indefectivelmente na vida de casados, e, para superá-los, os dois cônjuges têm de saber ceder, escutando e compreendendo o outro – e compreendendo também as circunstâncias que podem levar aos desentendimentos.

10. Como vamos viver a nossa vida de oração?


“Família que reza unida permanece unida”. O diálogo entre os cônjuges será tanto mais sólido quanto mais sólido for o seu diálogo com Deus, tanto pessoal quanto de casal. E é muito importante acostumar-se desde o namoro a conversar juntos com Deus. Quanto mais perto estiverem de Deus, mais perto os cônjuges ficarão um do outro. Ao se fomentar a vida de oração, a participação na Santa Missa e uma vida plena de integração na Igreja, a casa da nova família se transforma na “Igreja doméstica” em que os filhos consolidarão uma fé segura e forte – e os pais deles também!

Aleteia 

Foto de pai dormindo sob leito hospitalar do filho comove internautas


Depois de um ataque de asma, o pequeno A.J. ficou internado em uma clínica da Pensilvânia, nos Estados Unidos.

Sua mãe, Amy, estava dormindo no mesmo quarto em que a criança estava internada quando, ao acordar durante a noite, viu o marido, Andre Palmer, descansando… debaixo do leito do menino!

Amy fotografou a cena e a compartilhou nas redes sociais junto com esse testemunho:

“Esta é uma foto de um homem que trabalha duro e se dedica à sua família! Depois de trabalhar duro a noite toda, ele está bem aqui, com o filho, no hospital. Ele está esgotado, mas está aqui!! O prêmio de pai do ano vai para: Andre Palmer!!! Eu te amo mais do que as palavras podem dizer, amor”.

Afinal, amor é presença real.

O segredo da cidade bósnia onde jamais houve um divórcio

Pense em famílias que não se separam. Pense na ausência de crianças machucadas ou corações dilacerados.


Pense num mundo sem divórcio. Pense em famílias que não se separam. Pense na ausência de crianças machucadas ou corações dilacerados.

O casamento é a vocação mais desafiadora que existe, e o divórcio está aumentando em toda parte. Mas há uma cidadezinha na Europa que é uma exceção – uma notável exceção – a esta estatística perturbadora.

Na cidade de Siroki-Brijeg, na Bósnia e Herzegovina, nenhum divórcio ou família separada jamais foi registrado entre os seus mais de 26 mil habitantes! Qual seria o segredo de seu sucesso?

(Nota do autor: algumas fontes dizem que a população de Siroki-Brijeg é de somente 13 mil pessoas – e quase 100% católica! Mas, após pesquisar mais a fundo, creio que o número real de habitantes seja mais que o dobro desse valor).

A resposta é a bela tradição matrimonial do povo croata de Siroki-Brijeg. Na verdade, a tradição croata de casamento está começando a chegar ao resto da Europa e aos Estados Unidos, especialmente entre católicos devotos que perceberam as bênçãos que ela confere!

O povo de Siroki-Brijeg sofreu cruelmente durante séculos, pois a sua fé cristã sempre foi ameaçada: primeiro, pelos turcos muçulmanos; depois, pelos comunistas. Eles aprenderam, por experiência própria, que a fonte da salvação chega através da Cruz de Cristo. Ela não chega através da ajuda humanitária, dos tratados de paz ou dos planos de desarmamento – ainda que essas coisas possam trazer benefícios limitados.

Essas pessoas possuem uma sabedoria que não permite que elas sejam ludibriadas nas questões de vida e morte. É por isso que elas conectaram indissoluvelmente o casamento à Cruz de Cristo. Elas fundamentaram o casamento, que gera a vida humana, sobre a Cruz, que gera a vida divina.

Quando os noivos vão à igreja para se casar, carregam um Crucifixo com eles. O padre abençoa o Crucifixo e, em vez de dizer que os noivos encontraram o parceiro ideal com quem dividirão as suas vidas, ele diz: “Vocês encontraram a sua Cruz! É uma Cruz para ser amada, para ser carregada com vocês. Uma Cruz que não é para ser descartada, mas para ser guardada no coração”.

Quando o casal faz os votos matrimoniais, a noiva coloca a sua mão direita sobre o Crucifixo, e o noivo coloca a sua mão direita por cima da dela. Eles são unidos entre si e unidos à Cruz. O padre cobre as suas mãos com a estola, enquanto eles fazem as suas promessas de amar um ao outro na alegria e na tristeza, proclamando fielmente os seus votos de acordo com os ritos da Igreja.

Depois, os dois beijam primeiro a Cruz, e não um ao outro. Se um abandonar o outro, ele abandona o Cristo na Cruz. Eles perdem Jesus! Após a cerimônia, os recém-casados atravessam a porta de casa para entronizar aquele mesmo Crucifixo num lugar de honra. Ele se torna o ponto de referência de suas vidas, e o local de oração da família. O jovem casal crê firmemente que a família nasce da Cruz.

Nos tempos de dificuldade e de desentendimento, os quais surgem em todos os relacionamentos humanos em algum momento, não é ao astrólogo, ao advogado ou ao terapeuta de casal a quem eles imediatamente recorrem. Eles se voltam para a Cruz. Eles se ajoelham, choram lágrimas de arrependimento e abrem os seus corações, suplicando pela força de perdoar um ao outro, e implorando pela ajuda do Senhor. Essas práticas piedosas foram aprendidas desde a época da infância.

Aqui as crianças são ensinadas a beijar reverentemente o Crucifixo todos os dias, e a agradecer ao Senhor pelo seu dia antes de irem para a cama. Essas crianças vão dormir sabendo que Jesus as está segurando em Seus braços, e que não há nada a temer. Os seus medos e diferenças, às vezes tão comuns entre irmãos, desaparecem quando beijam Jesus na Cruz. Elas sonham em entronizar um Crucifixo na sua própria casa algum dia.

A família permanece indissoluvelmente unida à Cruz de Cristo. Seria essa simplesmente uma perspectiva mórbida para a vida conjugal e familiar? Ou seria isso um pedaço de sabedoria que poucos em nosso mundo moderno podem compreender?

O Catecismo ensina que o amor deve ser permanente, ou então não é amor verdadeiro. Ele não é um sentimento que vem e que vai, mas um poder de doação que sobrevive até mesmo ao término do sentimento.

No casamento, não podemos depender de nossas forças humanas. Se acharmos que podemos, nós fracassaremos. A tentação invade qualquer casamento, de um jeito ou de outro. No dia do nosso casamento, é difícil imaginar uma situação em que tudo não seja perfeito. Mal sabem os jovens corações que eles estão embarcando numa aventura que atingirá os picos mais elevados e os vales mais profundos. E é justamente nos momentos passados nestes vales que um esforço heróico será exigido do casal para manter-se no rumo. Às vezes, será preciso até que um dos esposos tenha disciplina mental para trazer o outro de volta para o casamento.

Aqueles que estão passando ou que já passaram por essa situação reconhecem a necessidade da graça para perseverar durante a tempestade ou o silêncio. Haverá dias em que tudo parecerá perdido. Mas, então, um momento de verdadeira graça pode renovar o amor e a vitalidade no relacionamento, renovando também o vínculo sacramental. E é nesses tempos de sérias dificuldades que os esposos podem praticar o real sentido daquelas palavras, aparentemente proféticas, que agora estão sendo adicionadas a algumas cerimônias de casamento: “Pode beijar a Cruz”.

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Texto original: Catholicism Pure & Simple
Traduzido por Rogério Schmitt, em Modéstia e Pudor

segunda-feira, junho 27, 2016

Um dos maiores erros modernos: Confundir Fé com sentimentalismo



Esse artigo não está relacionado a modéstia, entretanto está relacionado a devoção e vida interior, a qual está intimamente ligada a nossos comportamentos e atitudes. Por isso, acho de extrema importância a abordagem destes temas aqui no blog. Principalmente porque vemos muito em nosso grupo do whatsapp e também na página pessoas que confundem a Fé com sentimentalismo! E alguns ainda vem com aquele ar de "docilidade" e "fábios de melos" e cia dizer frases prontas de que "precisam amar mais" por exemplo, quando veem alguém condenando alguma heresia ou algo que fere a fé católica. Tais erros são muito comuns nos meios católicos.

Certa vez presenciei uma cena lastimável, a qual creio que serve de exemplo para o começo de nosso artigo, estava eu rezando o terço em uma Igreja, fora de horários de missas, estava com uma amiga, e logo entrou uma mulher. Ela entrou na Igreja, foi até o sacrário que estava no altar, se ajoelhou, ergueu as mãos como fazem os protestantes e começou a "orar em línguas" como os protestantes pentecostais, chorar, falar com voz ritmada, colocava a mão no sacrário, fez uma tremenda baderna no lugar santo! Sendo que ali é lugar de SILÊNCIO E ORAÇÃO. Isso até atrapalhou a recitação do terço que estávamos fazendo.

Nem preciso dizer o quanto isso é absurdo, depois a mulher saiu da Igreja como se nada tivesse ocorrido e foi embora. Para ela, estar próximo a Deus é sentir, é fazer alarde, barulho, é aquele sentimentalismo de seitas pentecostais de esquina. (Exemplo: Assembleia de deus).

Alguns carismáticos chegam até a afirmar que quem não "ora em línguas" não tem o Espírito Santo, ou ainda que você precisa "sentir Deus" ali naquele momento no grupo de oração, aí então você está próximo dele.

Abrindo um parênteses para os comentários que já estou imaginando que terão, sim eu já fui da Rcc, já participei durante muito tempo, mas graças a Deus eu saí e aprendi a verdadeira doutrina Católica. E sei exatamente o que ocorre por lá, como ocorre e o que pensam, fui um deles. Para quem ainda não leu, deixo aqui meu testemunho de Conversão ao catolicismo onde eu abordo o tema. Bem como uma sessão de artigos somente sobre a Rcc e suas práticas no seguinte link: Estudo sobre as críticas do Movimento Carismático. Absolutamente todas as objeções frequentes estão presentes nestes artigos que citei, o segundo link vai direto de encontro a vários outros artigos que fazem parte do estudo (que ainda não está finalizado). Todos foram escritos por mim que estão em meu outro blog que também fala do catolicismo. Então antes de qualquer comentário, crítica ou objeção leiam os artigos citados! Pois comentários abaixo desse artigo que tratam de temas já abordados nos links citados nem serão aceitos aqui no blog, pois subentende-se que a pessoa ignorou todos os argumentos já postados anteriormente e sequer teve o trabalho de abrir os links e lê-los. Opiniões e dúvidas são bem vindas, mas quando elas tem fundamento e base, e se alguém não tem interesse em se quer ler algo a respeito do que cremos, porque iríamos ter o trabalho e publicar sua opinião? Enfim, antecipo estes detalhes para que tudo fique em seu devido lugar. Agora vamos ao que realmente importa!

Fé não é sentimento

Não, você não precisa "sentir" Deus quando está na Igreja, você não precisa ficar com os braços arrepiados quando ouve uma música sentimental e logo pensar que é Deus que tá te "tocando". Não... você não precisa chorar, cair no chão, nada disso mostra que a pessoa está próxima a Deus! Nossa Fé Católica está baseada no uso da RAZÃO. Vamos começar com uma pergunta: Porque você crê em Deus?

Muitos dirão, porque "eu sinto" ele na minha vida. Porque eu "sinto" ele presente e etc. Mas isso não prova a sua existência. Eu responderia assim:

Eu creio em Deus porque existem provas de que Ele existe. São Tomás de Aquino deu provas da existência de Deus, existem diversos milagres comprovados cientificamente que provam sua existência, e portanto seguindo o uso da razão, Ele nos criou, nos deu a vida, nos deu tudo o que temos. E é meu DEVER segui-lo e corresponder a esse amor. Podemos agora mostrar alguns exemplos de que o SENTIR nem sempre vem de Deus! O demônio também pode nos trazer sentimentos de euforia e alegria (aquele sentimentalismo de euforia e alegria passageira presente nos cultos pentecostais das seitas e também na Rcc, como o vídeo postado anteriormente):

1. Vemos nas seitas protestantes, as pessoas tendo o mesmo sentimento de euforia e sentimentalismo. Geralmente estas pessoas saem alegres do culto indo para casa dizendo que estão próximos a Deus, somente porque "sentiram" sua presença. O que mais tem nos cultos protestantes é o sentimentalismo: músicas melosas, mãos erguidas para o alto, gritarias, choros, etc. Nada disso prova a presença de Deus!

2. E todo esse sentimentalismo vemos também entre 'católicos' modernistas (Rcc por exemplo). Exatamente o mesmo sentimento, de pessoas que acham que precisam "sentir-lo" para estar próximo a Ele. O estranho disso tudo é que quando eu era da Rcc via muitas pessoas que nem tinham sequer confessado tendo os mesmos sentimentos, pessoas que estavam em pecado mortal sentindo exatamente o mesmo, o que eu chamo de euforia coletiva! Não... nada disso mostra a presença de Deus!

Deus Pai diz a Santa Catarina de Sena sobre as Consolações Espirituais

Este livro é muito bom, se chama O Diálogo, escrito por Santa Catarina de Sena, doutora da Igreja. No livro, esse sentimentalismo (alegria quando rezamos por exemplo) Deus Pai chama de "Consolações Espirituais". É você se sentir bem enquanto reza ou faz seus exercícios espirituais. Aí Deus Pai diz que estes sentimentos podem vir d´Ele, ou do DEMÔNIO. Deus Pai admite que o demônio também faz as pessoas sentirem consolações espirituais! Acho que isso explica os exemplos citados anteriormente, do porquê até hereges de outras seitas possuem consolações, sem nem sequer comungar e confessar. Vou postar aqui exatamente com as palavras de Deus Pai:

"Filha querida (...) vou atender agora aquele teu pedido, relativo à minha presença durante as visões ou demais manifestações que alguém julgue ter. Disse que o sinal distintivo de que estou visitando a alma é a alegria, o desejo das virtudes e sobretudo, grande humildade e amor. Tu me perguntaste porém se a alegria não pode iludir a alma. Desejas estar do lado mais seguro, queres um sinal definitivo de que não padeça engano. Vou falar-te de uma possível ilusão e sobre o modo de saber quando a alegria é autêntica ou não. A ilusão possível é esta: alegra-se uma pessoa, quando obtém aquilo que desejava. E quanto maior for seu desejo, menos atenção prestará a causa da alegria. A posse do objeto desejado, o prazer sentido impedem que sua consideração seja clara e distinta. Isso acontece com as almas que gostam de consolações espirituais e vivem à procura de visões, depositando maior interesse nelas que em mim. Já te disse que esta é a atitude que estão no estado do amor imperfeito.Eles se aplicam mais em obter consolações do que em amar. (...) Quem ama as consolações espirituais, alegra-se grandemente ao recebê-las. Contente em possuir quanto desejava muitas vezes se rejubila por artifícios do demônio. Já ensinei que as visões ou consolações provocadas pelo demônio começam causando alegria, mas que depois se transformam em sofrimento e remorso, num vazio da caridade e das virtudes que leva a pessoa ao abandono da oração. Portanto se a satisfação e a alegria não estiverem acompanhadas de amor pela virtude; se a pessoa não for humilde e muito caridosa, é sinal de que a tal visita não procede de mim, mas do diabo. Como disse todo prazer espiritual não acompanhado de virtude, revela claramente que sua origem provém do apego à autoconsolação. (...) As pessoas apegadas às consolações costumam receber muitas visitas do diabo em forma de luz.(...)" [1]

É exatamente o que eu citei anteriormente. Muitas vezes vemos os protestantes (que não possuem virtudes, estão em pecado mortal, sequer confessam) tendo sentimentos de histeria, alegria em seus cultos, vemos também uma Igreja inteira, cheia de carismáticos todos "sentindo" alegria, entretanto nem todos possuem virtudes, aquilo nada mais é que sentimentalismo e não a presença de Deus verdadeira. A verdadeira fé é aquela alicerçada no uso da razão, creio em Deus porque Ele existe e me ama, o sigo porque Ele merece, rezo porque preciso d´Ele e quero amá-lo. E essa fé é cheia de virtudes e caridade (obras de caridade, comunhão, oração, devoção). E tudo isso vem seguido de CRUZ, muitas vezes as pessoas mais próximas a Deus são as que mais sofrem! E não as que mais estão felizes e alegres! Já foi postado no blog um artigo escrito por Santo Afonso de Ligório, onde o mesmo diz que as pessoas mais próximas a Deus são as que recebem maiores cruzes. Deixo o link para ler: "Deus dá maiores cruzes àqueles que Ele mais ama".

Santo Afonso de Ligório também diz que maior será a tua recompensa se você seguir a Deus sem sentir nenhuma consolação. Se você não tem vontade rezar, não tem vontade ir a Igreja, não sente gosto para as coisas de Deus e ainda assim as faz por Amor, maior será a tua recompensa, e é quando você está mais próximo a Deus! Aí sim, esta sim é a Fé Católica, pura e autêntica! E isso não foi dito por mim, foi dito por um doutor da Igreja:

"Diz São Francisco de Sales que a verdadeira devoção e o verdadeiro amor de Deus não consistem em sentir consolações espirituais nos exercícios de piedade, mas em ter uma vontade resoluta de só querer e fazer aquilo que Deus quer. É só para este fim que devemos orar, comungar, praticar a mortificação e qualquer outra virtude que agrada a Deus, muito embora façamos isso sem satisfação alguma e no meio de mil tentações e aborrecimentos de espírito. “Pelas securas e tentações”, diz Santa Teresa, “o Senhor experimenta os que O amam. Posto que a secura continue durante toda a vida, não deixe a alma de fazer oração; virá tempo em que será bem paga por tudo.” (Santo Afonso de Ligório) [2]

E ainda:

"São Tomás ensina que a verdadeira devoção não está no sentimento, mas no desejo e firme resolução de se submeter prontamente à vontade de Deus. De que natureza era a oração de Jesus no jardim das oliveiras? Cheia de secura e desgosto! Apesar disso, foi a mais devota e meritória que jamais houve sobre a terra. Ele dizia: 'Pai, não como eu quero, mas como vós quereis.' (Mc 14,36)." Santo Afonso de Ligório [3]

Mais um do mesmo livro e autor:

"(...) Isso se dá com muitas almas que Deus chama a um amor especial: trilham no princípio o caminho da perfeição, mas só enquanto acham nele consolações sensíveis; quando, porém cessam os doces sentimentos, tornam-se negligentes e recomeçam o seu antigo modo de vida. É um defeito geral de nossa natureza corrompida que nós procuramos, em tudo o que fazemos, a nossa própria satisfação. Por isso precisamos nos convencer que o amor de Deus ou a perfeição não consiste em doces sentimentos e consolações sensíveis, mas em vencer o amor-próprio e cumprir com a vontade de Deus." Santo Afonso de Ligório [3]

Teria muito mais escritos de Santo Afonso de Ligório para postar, mas para o artigo não ficar mais longo do que já está, creio que as citadas já bastam! Para ler o artigo completo de Santo Afonso de Ligório sobre o tema, clique no link: Da Paciência na desolação Espiritual.

Outros Santos Advertem sobre o perigo da busca por experiências sensíveis na vida espiritual.
São João da Cruz: Subida do Monte Carmelo, p. 217ss, Capítulo XI

" É conveniente fechar a entrada de nossa alma a essas visões, negando-as todas. Rejeitando as más, evitam-se os erros do demônio e, quanto às boas, não servirão de obstáculo para a vida de fé"

"O demônio se regozija muito ao ver uma alma admitir voluntariamente revelações e inclinar-se a elas"

" A alma presa às graças sensíveis permanece ignorante e grosseira na vida de fé, e fica sujeita muitas vezes a tentações graves e pensamentos importunos"

" Cautela nessas comunicações exteriores e sensíveis sem jamais as admitir – a não ser, em certas circunstancias muito raras e sob o parecer de alguém com muita autoridade, e excluindo sempre o desejo delas"

"O demônio fica muito satisfeito quando percebe que uma alma deseja receber revelações ou sente inclinações por ela, visto que neste caso se lhe oferecem muitas ocasiões e possibilidades de insinuar e de destruir nela a fé." [4]

"Em segundo lugar, porque é muito fácil haver engano, ou risco de o haver. O Demônio não precisa senão de uma porta aberta para armar mil embustes. Em terceiro, porque a própria imaginação, quando há um grande desejo, leva a pessoa a acreditar que vê e ouve aquilo que deseja, tal como os que, querendo uma coisa durante o dia e pensando muito sobre isso, sonham com ela à noite."

Santa Teresa D´Ávila [5]


“Aqueles que querem viver na Vontade de Deus não devem desejar obter (...) revelações ou sentimentos sobrenaturais que superem o estado ordinário daqueles que têm por Deus um temor e um amor muito sinceros. Pois, um semelhante desejo só pode vir de um fundo de orgulho e de presunção. A Graça de Deus abandona a alma tomada por esse desejo e deixa-a cair nessas ilusões e nessas tentações do diabo, que a seduz em visões e em revelações enganosas. É desse modo que o demônio semeia a maior parte das tentações espirituais de nosso tempo e que as enraíza nos corações daqueles que são os precursores do Anticristo”.
São Vicente Ferrer [6]

“Tem-se visto em nossa época, muitas pessoas que creem que foram muito freqüentemente raptadas em êxtases; e ao cabo, descobria-se que o fato não passava de ilusões diabólicas".
São Francisco de Sales [7]

Finalizo o artigo com uma oração do meu santo de Devoção:




"Ó Jesus, minha esperança e único amor da minha alma, eu não mereço as vossas consolações. Guarde-as para aqueles que Vos têm amado sempre; eu só mereci o inferno, abandonado para sempre de Vós e sem esperança de Vos poder ainda amar. Privai-me de todas as coisas, mas não de Vós. Amo-Vos, miserável como sou. † Jesus, meu Deus, amo-Vos sobre todas as coisas; consagro-me todo a Vós e não quero mais viver para mim mesmo. Dai-me força para Vos ser fiel. — Ó Virgem Santíssima, esperança dos pecadores, tenho confiança na vossa intercessão; fazei que eu ame a meu Deus, meu Criador e Redentor. (II 306.)" [2]

Santo Afonso de Ligório


Fontes:
[1] O Diálogo - Santa Catarina de Sena.
[2] Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo III - Sto Afonso - págs. 285- 287.
[3] Escola da Perfeição Cristã - Santo Afonso de Ligório. XI DA ORAÇÃO. Pag 289.
[4] São João da Cruz: Subida do Monte Carmelo, p. 217ss, Capítulo XI / Livro I Capítulo XI;
[5] Santa Teresa D´Ávila - Castelo Interior (Capítulo 9).
[6] São Vicente Ferrer,“Tratado da Vida Espiritual”, 2ª parte, cap. VIII.
[7] São Francisco de Sales (Trat. do Amor de Deus, t.2, c. IV).

quarta-feira, junho 15, 2016

Em busca do milagre pessoal e a deficiência da solidariedade moderna


Aconteceu que Jesus estava numa cidade, e havia aí um homem leproso. Vendo Jesus, o homem caiu a seus pés, e pediu: Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar.' Jesus estendeu a mão, tocou nele, e disse: 'Eu quero, fica purificado.'E, imediatamente, a lepra o deixou.  E Jesus recomendou-lhe: Não digas nada a ninguém. Vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela purificação o prescrito por Moisés como prova de tua cura.  Não obstante, sua fama ia crescendo, e numerosas multidões acorriam para ouví-lo e serem curadas de suas enfermidades. Ele, porém, se retirava para lugares solitários e se entregava à oração. São Lucas 5,12-16

Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar. Esse é o apelo de um leproso que, caído sobre os pés de Jesus, clama por sua cura, uma cura que o salva de todos os preconceitos daquela época, uma cura que o salva de todas as questões sociais que o excluíam da sociedade enquanto leproso.

A lepra tanto naquela época quanto nos dias de hoje, é uma questão que exclui as pessoas do nosso meio. Quando nos deparamos com um leproso, a primeira ação é nos escondermos e distanciar-se daquela pessoa, condenando-as como se fossem um ser sem utilidade para nossa sociedade, não conseguimos ver o exemplo de Jesus, que é estender as mãos para ajudar os necessitados.

Quando agimos dessa forma, sem estender as mãos para ajudar aquele que sofre, não conseguimos levar a imagem de Cristo até aquela pessoa, pelo contrário, fazemos com que aquela pessoa se afaste de nós, sendo assim, nos tornamos os verdadeiros leprosos, leprosos espiritualmente, que faz com que os enfermos se afastem do nosso meio, pois eles olham em nossas atitudes, um ato de ante-humildade e sem misericórdia para com os necessitados, eles olham uma imagem de um ser com atitudes que em nada ajuda no progresso das questões sócias de hoje.

No evangelho de Lucas, percebemos que a fama de Jesus logo se espalhou por todos os lados, sendo assim, multidões corriam atrás Dele em busca de alguma cura, as pessoas queriam um milagre. Mais Jesus fez uma atitude da qual devemos nos questionar. Jesus se retirava para lugares solitários e se entregava a oração total. Este gesto de Jesus, pode ser refletido de uma forma bem compreensível nos dias atuais. As pessoas começaram a procurar Jesus para encontrar a cura de suas enfermidades, mas, muitas dessas pessoas só iam atrás de Jesus por ocasião dos milagres, e não pela busca da salvação eterna, ou pelo desejo de aceitar o plano de salvação proposto por Deus, pois muitos querem os milagres, e poucos querem a salvação eterna.

E nós, como estamos buscando Jesus, será que estamos buscando Ele só pelas curas e milagres, será que somos aqueles que só recorrem a Deus nos momentos de dificuldades?

Irmãos e irmãs, devemos buscar compreender as necessidades do nosso coração, devemos buscar compreender que não são os nossos desejos que nos aproximam da santidade, pois buscar a santidade para alcançar a vida eterna, é deixar-se ser guiado pela Luz de Cristo, se não fazemos isso, estamos enganando a nós mesmos. Busquemos os exemplos dos santos, mas nunca querendo ser a copia dos santos, mas sim, deixando-se ser copia de nós mesmos por meio de nossas obras, pois ainda existe muitas questões que ainda não foram resolvida pelos santos.

Comecemos a deixar que a Igreja nos guie, pois actualmente muitos dos cristãos é que querem guiar a igreja, esquecendo-se, que é Cristo quem nos guia, Ele é a Cabeça deste corpo místico, é Ele quem guia nossa liturgia. Deixemos de criar coisas vindas de nós mesmos, querendo encher os bancos das comunidades, querendo satisfazer os desejos de todos, nem Jesus Cristo agradou a todos, assim, sua igreja nunca irá agradar a todos, pois Ele como cabeça deste corpo místico, nos ensina que devemos agradar a Deus, e não as pessoas, não são as pessoas que fizeram Deus, e sim Deus quem nos fez, e este Deus nos chama a agrada-lo em tudo.  Enquanto ficarmos com o pensamento de agradar as pessoas em tudo, ao ponto de não exortar os erros dos irmãos, continuaremos a ser pessoas que nunca reconhecerão o valor do amor, nunca iremos intender o valor da disciplina, nunca iremos intender o decálogo de Deus, precisamos meditar na ascese com um aprofundamento ortodoxo de nossa igreja. 

Lembre-se, quem quis agradar as pessoas aqui na terra foi o diabo, oferecendo só coisas boas a Jesus, mas Cristo o repreendeu, assim quem quer agradar somente as pessoas e não a Deus, também é repreendido por Cristo. São os nossos gestos e atitudes, que levam outras pessoas querer agradar a Deus.
Paz e bem!

Autor: Gilson Azevêdo - Criador do Blog Católicos Defensores da Fé 

terça-feira, junho 14, 2016

O barco da fé é um dos caminhos para a salvação



Por: Gilson Azevedo



 Evangelho: São Marcos 6,45-52

Imediatamente ele obrigou os seus discípulos a subirem para a barca, para que chegassem antes dele à outra margem, em frente de Betsaida, enquanto ele mesmo despedia o povo. E despedido que foi o povo, retirou-se ao monte para orar. À noite, achava-se a barca no meio do lago e ele, a sós, em terra. Vendo-os se fatigarem em remar, sendo-lhes o vento contrário, foi ter com eles pela quarta vigília da noite, andando por cima do mar, e fez como se fosse passar ao lado deles. À vista de Jesus, caminhando sobre o mar, pensaram que fosse um fantasma e gritaram; .pois todos o viram e se assustaram. Mas ele logo lhes falou: Tranqüilizai-vos, sou eu; não vos assusteis! E subiu para a barca, junto deles, e o vento cessou. Todos se achavam tomados de um extremo pavor, pois ainda não tinham compreendido o caso dos pães; os seus corações estavam insensíveis. 
Mc 6,45-52


O Evangelho de São Marcos nos relata um facto muito importante, o Evangelho nos exorta de um modo especial sobre como caminhar de forma correcta, nos mostra um acontecimento sobre como ter fé no Pai e acreditar com mais força na nossa capacidade de fazer coisas maravilhas em prol do Reino dos Céus.

Marcos nos relata que Jesus convidou os discípulos para subir naquele barco, para que assim pudessem seguir em frente. antes deste relato, 
os discípulos tinham presenciado a multiplicação dos pães e peixes, e isso nos ajuda a refletir melhor sobre a nossa caminha de fé, pois da mesma forma que Jesus convidou os discípulos para subir em um barco, Ele vem convidar a subir neste barco, para que assim, possamos velejar nos quatro cantos do mundo levando a Boa Nova. 



O que representa este barco em nossa vida? 

Esse barco significa a fé, sem fé não podemos ir adiante, este barco é essencial para que possamos caminhar contra as marés deste mundo, lembrem-se da Arca de Noé, pois tudo aquilo que estava dentro dela não foi levado pelo diluvio, isso porque aquela Arca representava a fé, representava uma fé capaz de mover o mundo para salvar vidas. Aquela arca só foi possível existir por meio das obras, sem as obras, a fé é morta, isto é, o barco da vida não existe. Poderia Noé receber tal pedido de Deus e esperar que a Arca se construísse por si mesma? Não! para isso Noé se moveu com tanta força, capaz de construir uma imensa Arca, apenas aceitando o pedido de Deus. Deste modo, somos chamados a ouvir a voz de Deus e por meio da fé que depositamos nEle, nos mover para compartilhar a salvação eterna com todos, é preciso se mexer correr atras daqueles que ainda não subiram no barco da fé em Cristo. 

Cisto é a Luz que vem iluminar os nossos caminhos para enxergarmos a porta da Salvação, que é Ele mesmo. 

Como caminhar contra as marés do mundo actual? 

Caminhar contra as marés deste mundo é cansativo, mais não devemos nos deixar se abater por este cansaço, os discípulos estavam cansados de remar, porque enfrentaram um vento que vinha contrário a eles, mais Jesus ao ver aquela situação, os ensinou a não abaixarem a cabeça quando se rema contrário as coisas deste mundo, Jesus quis mostra-los o valor da fé, pois os discípulos mesmo tendo presenciado a multiplicação dos pães e peixes, ainda não tinham fé o suficiente para acreditar que eles também poderiam fazer o mesmo, e desta forma, Jesus se apresenta ao discípulos andado por sobre as águas.

As águas que o mundo nos oferece, mutias das vezes vem em forma de um diluvio, e querem nos levar para a morte espiritual, mas a exemplo de Jesus, devemos usar a nossa fé para passar por cima destas águas, para que assim possamos praticar obras verdadeiras e concretas. Jesus andou por sobre as águas, e enfrentou a força das correntezas, porém os discípulos ficaram espantados, e se perguntando como Ele fazia aquilo. É deste modo que devemos agir, andar por cima das correntezas deste mundo permitindo que as pessoas se perguntem como conseguimos fazer isso e ao mesmo tempo suportas as chicotadas que o mundo nos oferece. Praticando isso, seremos um reflexo de Cristo para que todos sejam chamados a ter a mesma fé, para qquando chegar o tempo das tempestades, não possam pular deste barco, pois somente os que tem fé permanecem na verdade.

Ter fé não é sentar no sofá e esperar que o prato de comer venha até nós, ter fé, é poder ir aos lugares onde não sabemos, sem ter medo de se confrontar com as injustiças deste mundo, é saber denunciar e praticar meios para que a justiça seja feita, pois o mundo esta sofrendo uma escarces da verdade, e nós como cristãos, temos o dever de anunciar a boa nova, para que a verdade reine nos quatros cantos do mundo. E Para que isso seja feito perfeitamente, devemos ter em mente que s
omente Deus é capaz de nos fazer andar contra as marés deste mundo, mas não basta pedir, temos que levantar e fazer por nós aquilo que Deus faria e faz por nossa humanidade.  

Irmãos e irmãs, que estas palavras adentrem em nosso coração e nos faça crescer na fé, que a cada dia nós possamos sair do comodismo e enfrentar as correntezas deste mundo, sejamos firmes para que os dilúvios da vida não venham nos levar para o precipício do pecado mortal, para que não sejamos os primeiros a pular do barco de Jesus Cristo.  

Que o Espirito Sancto nos inspire sempre na nossa caminhada, e como já dizia São Francisco: “Evangelize sempre, se for preciso use palavras.” Que este belo exemplo de São Francisco nos faça querer usar palavras somente quando realmente for necessário, que nós passamos usar antes de tudo nossas atitudes e gestos diários, para que assim, as pessoas vejam não a nossa pessoa, mais os gestos de Jesus Cristo. Amém!

Na passagem onde reflete sobre os três reis magos que foram foram até Jesus guiados por uma estrela, devemos saber que essa estrela representa a Igreja, mais nem todos querem ir até Jesus sendo guiados por essa estrela, alguns querem seguir Jesus pelo facebook, WhatsApp, etc. estes meios são bons para levar a mensagem do evangelho, mais nunca se deixe pensar que isso é seguir a Cristo. 
Sejamos imitadores deste exemplo, ir até Jesus guiados pela Santa Igreja que Ele mesmo fundou, não sejamos Cristãos sem obras.

Paz e bem!

Autor: Gilson Azevedo - Criador do blog Católicos Defensores da Fé

Não gosto dos meus padrinhos, posso troca-los por alguém que eu goste?



O batizado pode ser anulado? Posso batizar duas vezes? Tem como mudar os padrinhos de batismo do meu filho? Posso batizar novamente? Posso mudar de padrinhos?


Queremos responder a estas questões relativas ao batismo, pois foram seis perguntas dentro do mesmo assunto e com as mesmas dúvidas. A questão que todos querem saber é: Pode-se batizar duas vezes, ou batizar de novo? A dúvida é por causa da falta de relacionamento e indiferença dos padrinhos com relação aos seus afilhados, não tanto por causa da fé mesma.

Vou iniciar a minha resposta citando o Apóstolo São Paulo na Carta aos Efésios: “Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo. Há um só Deus e Pai de todos, que atua acima de todos e por todos e em todos” (Ef 4,5-6). Esta seria em síntese a resposta, não precisaria de nenhum esclarecimento, porém vamos aprofundar um pouco mais.

Antes vamos saber o que é o Sacramento do Batismo. “O santo Batismo é o fundamento de toda vida cristã, a porta da vida no Espírito e a porta que abre o nosso acesso aos demais sacramentos. Pelo Batismo somos regenerados pela água na Palavra” (Catecismo da Igreja católica, 1213).

Outro aspecto importante sobre o Sacramento do Batismo é o fato de que ele é um sacramento que imprime caráter, isto é, nos marca para a vida toda. Assim expressa o Catecismo da Igreja Católica, no número 1272: “Incorporado em Cristo pelo Batismo, o batizado é configurado com Cristo. O Batismo marca o cristão com um selo espiritual indelével (charactere) da sua pertença a Cristo. Esta marca não é apagada por nenhum pecado, embora o pecado impeça o Batismo de produzir frutos de salvação. Ministrado uma vez por todas, o Batismo não pode ser repetido (grifo nosso)... “O ‘selo do Senhor’ (dominicus character) é o selo com qual o Espírito Santo nos marcou ‘para o dia da redenção’(Ef 4, 30). ‘O Batismo é, efetivamente, o selo da vida eterna’. O fiel que tiver ‘guardado o selo’ até ao fim, quer dizer, que tiver permanecido fiel às exigências do seu Batismo, poderá partir ‘marcado pelo sinal da fé’, com a fé do seu Batismo, na expectativa da visão bem-aventurada de Deus – consumação da fé – e na esperança da ressurreição.

As dúvidas das pessoas giraram em torno da questão dos padrinhos, assim, é importante recordar que o padrinho e a madrinha são pessoas escolhidas para ajudar os pais na educação da fé de seus filhos, por isso se requer deles a confissão e a vivência da fé segundo o que ensina a Igreja Católica e não somente uma fé vaga em Deus, em algo superior, mas uma fé compromissada com a comunidade. Dar atenção, dar presentes estas são questões secundárias. Por outro lado uma vez que a pessoa se torna adulta, ela mesma poderá aprofundar a sua fé, buscar viver dignamente o seu batismo independentemente dos padrinhos. Outro aspecto importante é que na escolha dos padrinhos é preciso que os pais se preocupem em dar aos filhos padrinhos e madrinhas que vivam realmente a fé e não só escolher porque são amigos, parentes, pessoas influentes.

Ser padrinho e madrinha é uma responsabilidade muito grande, pois temos de falar antes pelo nosso testemunho, antes que por nossas palavras. Muitas vezes é bom que rejeitemos o convite se percebermos que não seremos capazes de cumprir a nossa missão.

Outra dúvida que surgiu é sobre a condição para ser padrinho e madrinha. Alguém perguntou sobre pessoas amasiadas. Primeiro, se a pessoa é separada, divorciada e não está em uma segunda união, isto é, não está amasiada com outra, ela pode ser padrinho ou madrinha. Se estiver em outra união, não pode. Não é a Igreja que exclui, é a própria pessoa que se exclui quando não observa o que Jesus disse no Evangelho: “o que Deus uniu o homem não separe” (cf. Mc 10,9-12; Mt 19,6). E em outra passagem: Quem se divorciar de sua mulher (marido) e se unir a outra (outro) comete adultério(cf. Mt 5,31-32) E adultério é pecado elencado na lista dos Dez Mandamentos da Lei de Deus. Quem está amasiado está fora da comunhão da Igreja. Deus realmente não exclui ninguém e nem a Igreja, nós nos excluímos a nós mesmos quando decidimos virar as costas para a Palavra de Deus e escolhemos viver no pecado.

Há uma parábola no Evangelho que diz que um Rei preparou um banquete para os seus amigos, quando chegou a hora seus amigos não compareceram, então ele mandou chamar a todos que fossem encontrados pelos caminhos, pobres, aleijados, etc. A sala do banquete ficou repleta, porém o rei percebeu que um não esta trajado de acordo para o banquete, então ele mandou expulsá-lo. Claro que a roupa é um símbolo, pois na verdade aquele homem não estava preparado, não era digno de participar do banquete. Ele mesmo se excluiu quando não se preocupou em se preparar para estar de acordo com o evento para o qual fora convidado (Leia Mt 22,1-13, especialmente o versículo 12).


O papa Bento XVI citando São Gregório Magno nos recorda “numa das suas homilias, perguntava-se: Que gênero de pessoas são aquelas que vêm sem hábito (veste) nupcial? Em que consiste este hábito (veste) e como se pode adquiri-lo? Eis a sua resposta: Aqueles que foram chamados e vêm, de alguma maneira têm fé. É a fé que lhes abre a porta; mas falta-lhes o hábito nupcial do amor. Quem não vive a fé com amor, não está preparado para as núpcias e é expulso” (Homilia na Missa da Ceia do Senhor, 2011). Assim, há muitas pessoas que tem fé, mas não tem amor, respeito para com a Palavra de Deus, quer manipulá-la a seu favor, justificar-se diante dela. Muitas vezes são estes os candidatos a padrinhos e madrinhas que apresentamos ou que se nos apresentam, pessoas que crêem vagamente em um Deus que não sabem bem quem Ele é, que não aceitam aquilo que a fé católica ensina, que se esquecem de que a Igreja é continuadora da missão de Cristo. Professar a fé católica é aceitar tudo quanto a Igreja ensina e não apenas o que se acha certo, ou o que nos convém.

É bom recordar que para ser padrinho e madrinha há que se observar o que prescreve o Código de Direito Canônico: “Para que alguém seja admitido como padrinho, é necessário que: 1° – seja designado pelo batizando, por seus pais ou por quem lhes faz às vezes, ou, na falta deles, pelo próprio pároco ou ministro, e tenha aptidão e intenção de cumprir esse encargo; 2° – Tenha completado dezesseis anos de idade, a não ser que outra idade tenha sido determinada pelo Bispo diocesano, ou pareça ao pároco ou ministro que se deva admitir uma exceção por justa causa; 3° – seja católico, confirmado, já tenha recebido o santíssimo sacramento da Eucaristia e leve uma vida de acordo com a fé e o encargo que vai assumir; 4° – não tenha sido atingido por nenhuma pena canônica; 5° – não seja pai ou mãe do batizando (CIC, Cân. 874).

Assim, não se pode repetir o batismo, não tem como trocar de padrinhos. Para os que atingiram a maturidade recomendo que procurem aprofundar a sua fé batismal e, desta forma, não precisará mais dos padrinhos, a pessoa mesma fará a sua caminha de fé, confiando sempre na presença do Espírito Santo que age em nós, se lhe dermos abertura, se lhe abrirmos o nosso coração.

Na sociedade nos são impostas tantas regras, tantas normas, tantas leis e nós docilmente as aceitamos e submetemo-nos a elas, mesmo sem as compreender, creio que também a Igreja deve, tem o direito de estabelecer critérios para receber, aceitar aqueles que, livremente procuram-na e que querem de fato pertencer a ela e não só fazer dos Sacramentos (Sacra = mentum = coisa santa) simplesmente atos sociais, pois o Jesus no Evangelho nos ensina: “NÃO LANCEIS AOS CÃES AS COISAS SANTAS, NÃO ATIREIS PÉROLAS AOS PORCOS...” (Mt 7,6). Os pais e mães que buscam o Batismo para os seus filhos sem assumirem a responsabilidade para com a sua educação na fé, pelo testemunho e pelo ensinamento e os padrinhos e madrinhas que aceitam tal encargo sem se comprometerem em ajudar os pais na sua missão de conduzir os filhos na fé católica, em ajudar afilhados a crescerem na fé, o que estão fazendo é jogando pérolas aos porcos, as coisas santas de Deus aos cães e um dia serão cobrados por isso.