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quinta-feira, junho 18, 2015

O sentido teológico das imagens



INTRODUÇÃO



Antes de analisarmos o sentido Teológico das Imagens no Antigo e Novo Testamento, convém que penetremos nos seus aspectos de natureza ou essência do termo na terra de canaã, onde tudo começou, bem como a mesma fora divulgada na Bíblia hebraica, até que o Apóstolo Paulo em seus escritos desse ao Cristianismo o autêntico sentido Teológico àqueles que em vida, depois do Batismo foram associados na terra à Imagem do Deus Celeste.


I- NATUREZA DO TERMO IMAGEM.


Na concepção antiga a imagem não era apenas uma semelhança do ser representado, mas participava dele, em certo sentido era ele mesmo. Quando Raquel leva os terafim de Labão, esse se queixa que os seus deuses lhe foram roubados (Gn 31, 19.30) quando os danitas levam na sua expedição a imagem que pertencia a Micas, esse os acusa de ter furtado o seu deus (Jz.18, 20.24;Gn 35,2.4; Ex 32,1.4). As imagens dos deuses ofereciam-se holocaustos (Os 4,13), libações (Jr 7,18), trigo, azeite, bolos e toda espécie de comidas (Jr 7,18; Os 2,8) preparava-se-lhes a mesa (Is 65,11; Br 6,26). As imagens eram beijadas e acariciadas (1Rs 19,18; Os 13,2); apertava-se-lhes a mão (Sl 44, 21) e eram carregadas em procissão (Is 46, 7; Jr 10, 5), o povo ajoelhava-se ou prostrava-se diante delas (1Rs 19,18); em torno do altar dançava-se, gritava-se e alguns se feriam (1Rs 18, 26. 29); muitas vezes o culto era acompanhado de ações impudicas (Dt 23, 18s; Os 4, 14. 18).


II- DIVULGAÇÃO DAS IMAGENS


a) Em Canaã: Nos tempos mais antigos os santuários cananeus (as chamadas alturas: bãmõt) não possuíam imagens de deuses, mas apenas colunas de pedra (mossebõt), representado a divindade masculina, e estacas de madeira (‘?serãh; ou Asera) representando a divindade feminina. Daí que nas escavações dos antigos lugares de culto de raras vezes foram encontradas imagens de deuses (as estatuetas pequeninas, porém são freqüentes: os chamados ídolos). Aliás, na destruição de uma cidade, os vencedores as levaram, provavelmente como troféu, ou os habitantes as escondiam num lugar mais seguro (Is 46,7). 

Num templo de Betsan foram descobertas umas imagens pedra (sem cabeça), uma imagem menor de bronze, representando Astarté (1 Sm 31,10) e pedras consagradas a Mical a deusa Anat; num templo de Hasor, uma imagem de um deus e outra de um leão em estilo heteu. Em b?lu’a (Transjordânia) foi encontrada uma grande pedra sagrada moabítico-egípicia, na qual uma deusa (Astarté) apresenta o rei de Moab a um deus (Kemós).


Perto de dibãn (Transjordânia) veio a lume uma pedra consagrada a um deus da guerra (Kemós?); em outros lugares ainda algumas pequenas imagens de deuses de bronze. Em 1Sm 31,10 menciona um templo de Astarté em Betsan mas geralmente as deusas eram veneradas nas capelas laterais dos santuários.


A Bíblia fala algumas vezes de imagens de deuses (lRs 15,13; 2Rs 21,7; Ez 8,3ss), outras são conhecidas pelas escavações: uma pedra sagrada (incompleta) representando uma deusa-serpente (tellbet-mirsim), um relevo de Atargatis-Derketo (Ãscalon), da época romana, numerosos pequenos relevos e estatuetas de barro, para o culto doméstico, e ainda algumas pe­dras sagradas da deusa Kadés (na Síria). Até hoje nenhuma imagem foi encontrada que pudesse ser considerada como imagem de Javé. Há apenas uma moeda não-israelita, de Gaza (século V A.C.), em que Javé é representado como Diôniso (Haas, Bilderatlas).­


b) Na Bíblia hebraica: Temos diversas palavras para imagem selem, t'münãh, tab'nit, etc.; além disso, termos depreciativos para imagens de deuses, tais como 'elilim (deuses miúdos, nulidades: Is 2,8.18-20), siqqus (abominação: Jr7,30; 16,18; significando Abominação da desolação), gillulim (coisas tor­tas? Ez 6,4). A distinção que se fazia originariamente entre imagem talhada (pesel) e imagem fundida (massekãh) não foi sempre mantida, de sorte que pesel pode indicar qualquer imagem (Ex 20,4; Is 44,10). No culto legítimo, toda e qualquer imagem, também de Javé, era severamente proibida, Ex 34,17 proíbe particularmente as imagens fundidas, Ex 20,23, imagens de ouro e prata, que representassem "outros deuses que não Javé". Ex 20,45 e Dt 5,8s proíbem toda espécie de imagens que pudessem "suscitar o ciúme de Javé"; portanto: deuses alheios; Lv 26,1 proíbe imagens feitas para serem adoradas. Em todos esses textos, excetuando-se Ex 34, 17, que é de teor muito geral, só se fala em imagens de outros deuses. Em Dt 4,15-18 as imagens de Javé são também proibidas pelo motivo de que Javé, no Sinai, não se demonstrou em figura nenhuma; Is 40,12-18 proíbe as imagens, porque nenhuma criatura seria capaz de representar o Criador do universo. Que o culto legítimo de Javé era de fato sem imagens, vê-se bem nas narrativas bíblicas; só a arca era o símbolo da presença de Deus. Os querubins na arca e nas paredes do templo, e os touros que carregavam a bacia de bronze, nunca foram objetos de adoração. Só a serpente de bronze (Num 21,8ss) foi, mais tarde, venerada com sacrifícios de perfumes e, por este motivo, afastada do templo (2Rs18,4). Também o efod e os terafim, que se encontrava em alguns santuários de Javé (Jz 8,27; 17,5; 1Sam 21,9; Os 3,4), não podem ser considerados como imagens de Javé, pois nunca foram objeto de culto. O que eram na realidade ainda não sabemos com certeza. No culto ilegítimo, porém, parece ter havido imagens de Javé.


A imagem feita por Micas, que os danitas lhe tiraram, deve ter representado Javé; Micas, como seu nome indica (quem é igual a Javé?), era um devoto de Javé (Jz 17,4s.13; 18,24.30). As imagens de touros, em Dan e Betel (1Rs 12,28-38; ÊX 32,1-6), talvez tenham sido, na concepção do rei Jeroboão, apenas suportes de um Javé invisível. O povo, no entanto, venerava-os como sendo "os deuses que libertaram Israel do Egito" (Os 8,5; 13,2), por­tanto, como se fossem representações do próprio Javé, e como se fosse esse um simples deus da natureza um Baal (Os 2,18); por isso essas imagens foram estigmatizadas mais tarde como "deuses alheios" (lRs 14,9; SI 106,19-21; 2Crôn.11,15). A reforma de Josias (2Rs 23,4-20) conseguiu expurgar,o culto Oficial, mas não acabou com culto ilegítimo (Jer 44,8ss). Só depois do cativeiro todas as imagens desapareceram do culto, e de modo tão radical, que os judeus detestavam não apenas as imagens de Javé ou de outros deuses, mas quaisquer representações de um ser vivo. 


Opuseram-se várias vezes, e com violência, contra a introdução de imagens em Jerusalém (Ant. 18,3.1; 6,2.8). Nem todos, porém, partilhavam dessas idéias rigorosas; provam-nos os numerosos afrescos e mosaicos nas sinagogas de Bet-Alfa, Gérasa, Naara e Dura_Europos e túmulos judaicos em Roma, enfeitados com representações de animais e de homens.

No século II dC os rabinos ainda proibiam toda e qualquer imagem (Mechilta sobre Êx 20,4); no século IV foram permitidas como enfeites, não como objetos de culto (Lev 26,1).

III O homem como imagem de Deus.

a) No AT: Que o homem foi criado segundo a imagem de alguma divindade, era uma idéia muito espalhada na antiguidade (p.ex. Ovid. Metam. 1,83), particularmente entre os babilônios­ (p. ex., epopéia de Gilgamexe 1,80ss). Assim também em Gn 1,26, Deus (elõhim) diz: "façamos­ o homem à nossa imagem" (hebr.: como o nosso selem), "segundo a nossa semelhança" (hb.: como o nosso d"müt em Gn 1,27 (Deus criou o homem à sua imagem [selem]), 5,1 e 9,6 (pois é à sua imagem [selem] que Deus fez o homem) provam que as duas expressões de 1,26 (imagem e semelhança) têm o mesmo sentido: significam que a pessoa humana tem semelhança com a de Deus, e não se trata de uma distinção, p. ex.: entre uma semelhança natural e outra sobrenatural (pela graça).

Na concepção do autor sacerdotal essa semelhança nem se baseia na imortalidade (esta noção lhe era desconhecida), nem exclusivamente na forma do Corpo Humano. O homem é parecido com Deus (Gn 5;1) como o filho com seu pai (5,3), porque recebeu do seu Criador algo divino. (2,7); Sendo imagem de Deus, ele representa Deus entre as demais criaturas. (Em Ba­bel o rei é chamado "imagem de. Marduc" entre os seus súditos, isto é, o representante vivo de Deus na terra).

Por isso a vida do homem é inviolável (Gn 9,6). Ele é como que um Deus de segunda categoria, coroado (Sl 8,6) com beleza e glória (imagem é, com poder e glória que irradiam visivelmente); ele é um rei, cons­tituído por Deus para reinar sobre os demais seres vivos (Gn 1,28: Sl 8,7ss; Eclo 17,3). Não indica que para o autor sacerdotal o homem, depois, tivesse perdido essa semelhança. E só mais tarde (Sab 2,23s) que a semelhança com Deus é relacionada com a imortalidade, para a qual Deus criou o homem, e que lhe foi roubado pelo demônio.

b) No NT, imagem tem sempre o sentido de representação de um objeto ou de uma pessoa; por isso a lei mosaica é apenas a sombra e não a imagem das coisas vindouras (Hb 10,1). 
Quando S. Paulo chama o homem de "imagem de Deus e reflexo de sua glória" (lCor 11,7s) , ele se inspira, certamente, na concepção de Gn 1,26s. O homem, criado imediatamente por Deus, representa e reflete a glória do criador. Contudo, o primeiro homem foi feito "da terra" (Adão; Gn 2,7); tornou-se imagem da terra, é terrestre; não é "do céu", celeste, como, o "Segundo Homem", Cristo (l Cor 15,47). O cristão, "predestinado para se tornar semelhante à imagem do Filho de Deus" (Rom 8,29), imagem é, para alcançar uma perfeita semelhança com o Cristo glorificado, deve "trazer a imagem do homem celeste" (l Cor 15,49), representar e realizar no corpo e na alma o Cristo glorificado. Por isso o cristão, que como homem é a imagem, do Adão terrestre, deve ser transformado inteiramente, para alcançar o estado do Segundo Adão, o Cristo glorificado que, por sua vez, é a imagem de Deus (2Cor 4,4; Col 1,15); “Possuía a forma divina e tomou a forma de escravo, tornando-se semelhante aos homens” (Fp 2,6s). E' por ser Filho de Deus, que Cristo é, no sentido pleno da palavra, a imagem de Deus (2Cor 4,4; Col 1,15), o representante perfeito de seu Pai entre os homens ( Jo 1,14.18; 12,45; 14,19; Hb 1,3; Sab 7,26).

Conclusão: Dentro do contexto do Novo Testamento, São Paulo distingue Ídolos de Imagens. Ambos não são sinônimos. 

Independentemente de Imagem ser escultura, pintura, etc.........Imagem é tudo aquilo que excita a vista. O ato Encarnatório do Deus feito Homem, na pessoa e na Imagem de Nosso Senhor Jesus Cristo (Jo 1), Ele mesmo provou visivelmente e concretamente que é a Imagem do Deus Invisível. Por isso que o Cristão é "predestinado para se tornar semelhante à imagem do Filho de Deus" (Rom 8,29), imagem é, para alcançar uma perfeita semelhança com o Cristo glorificado, deve "trazer a imagem do homem celeste" (l Cor 15,49), representar e realizar no corpo e na alma o Cristo glorificado. Por isso o cristão, que como homem é a imagem, do Adão terrestre, deve ser transformado inteiramente, para alcançar o estado do Segundo Adão, o Cristo glorificado que, por sua vez, é a imagem de Deus Celeste (2Cor 4,4; Col 1,15).


Paz e Bem!
Pe. Eduardo




Fonte: Lista Exsurge Domini
Autor: Padre Eduardo
Transmissão: Padre Eduardo

quarta-feira, junho 17, 2015

Qual é a explicação teológica do TAU?



O Tau é a última letra do alfabeto hebraico. Foi usado com valor simbólico, pois o Antigo Testamento;Ele falou sobre já no livro de Ezequiel: "O Senhor disse: Vá até a cidade, através de Jerusalém e marcando uma Tau na testa dos homens que suspiram e choram ..." (Ez.9,4). É o sinal colocado na testa dos pobres de Israel, salvá-los de extermínio.
Com este mesmo significado e valor se ele também fala em Apocalipse: "E vi outro anjo subir do lado do oriente, e deu à luz o selo do Deus vivo, e clamou com grande voz aos quatro anjos que foram encomendados para ferir a terra eo mar, sem dizer danificado nem a terra, nem o mar, nem as plantas até que tenhamos selado em suas testas os servos do nosso Deus "(Ap.7,2-3).
O Tau é, portanto, um sinal de redenção. E 'sinal exterior de que a renovação da vida cristã, mais interiormente marcado pelo selo do Espírito Santo, que nos foi dada como um presente no dia do batismo (Ef.1,13).
O Tau foi adotada pelos primeiros cristãos. Este sinal já está nas catacumbas em Roma. Os primeiros cristãos adotaram o Tau por duas razões. Ele, como a última letra do alfabeto hebraico, era uma profecia do último dia e tinha a mesma função que a letra grega Omega, como resulta do Apocalipse: "Eu sou o Alfa eo Ômega, o princípio eo fim. A quem tem sede eu darei da fonte da água da vida ... Eu sou o Alfa eo Ômega, o Primeiro eo Último, o Princípio eo Fim "(Ap.21,6; 22,13 ).
Mas, especialmente os cristãos adotaram o Tau, porque sua forma lembrou-lhes a cruz em que Cristo foi sacrificado para a salvação do mundo. 
São Francisco de Assis, pelas mesmas razões, estava se referindo a todos o Cristo, o último : para a semelhança com a cruz Tau, este sinal era muito querido, tanto que ele ocupou um lugar importante em sua vida, bem como nos gestos. Nele o sinal profético de idade é atualizado, você colorir novamente, ele recupera a economia de energia e expressa a bem-aventurança da pobreza, elemento substancial da forma de vida franciscana.
Era um amor que nasceu de uma veneração apaixonado da Santa Cruz, para a humildade de Cristo, objeto contínuo das meditações de Francisco e para a missão de Cristo através da Cruz deu a todos os homens o sinal e expressão seu grande amor. O Tau também foi para o sinal concreto de Santo certeza de salvação e vitória de Cristo sobre o mal. Francesco foi grande no amor e na fé neste signo."Com este selo, Francis assinado si mesmo sempre que necessário ou por caridade, enviou algumas cartas" (980 FF); "Com ele deu início à suas ações" (1347 FF). O Tau era então o mais caro para assinar Francis, seu selo, o sinal revelador de uma convicção espiritual profunda que só na Cruz de Cristo é a salvação de cada homem.
Assim, o Tau, que tem atrás de si uma tradição bíblico-cristã sólida, ele foi saudado por Francis em seu valor espiritual e Santo tomou posse tão intensamente e total a tornar-se a si mesmo, através do estigmas na sua carne, a o fim de seus dias, o Tau viva de que ele tinha tantas vezes contemplado, concebido, acima de tudo amado. 
Hoje, muitos membros da família franciscana: frades, freiras, seminaristas, aspirantes a ordem franciscana secular, jovens devotos e admiradores e amigos de St. Francesco, levar o Tau como um sinal distintivo de reconhecimento de que eles pertencem à família ou à espiritualidade franciscana.
O Tau não é um fetiche, nem uma bugiganga de tudo, é um sinal concreto de devoção cristã, mas também um compromisso de vida no seguimento de Cristo pobre e crucificado.
Receba Tau, levar em seu coração, é o compromisso com um caminho, para uma escola de vida. O cristão marcados com o sinal da cruz, no momento do seu batismo, deve tornar-se, carregando a cruz, através do sofrimento inevitável que envolve a vida, imitador e seguidor de Cristo, pobre e crucificado.Tau tem para nos lembrar que uma grande verdade cristã, a nossa vida associada com a de Cristo na cruz como um meio de salvação insubstituíveis.
Nós sabemos: nada vem de grande sem passar pelo sacrifício. Em seguida, congratulamo-nos com este sinal, vamos levá-lo com orgulho, nos defender, espiritualidade viviamone, vamos explicar através dele a "esperança que está em nós", consciente de que só pelo apego à cruz a cada dia que pode renascer com Ele, como Francisco, a vida realmente novo .
A Tau ...
É um sinal de reconhecimento do cristão, isto é, o Filho de Deus, a criança escapou do perigo, os salvos. É um sinal de uma poderosa proteção contra o mal (Ez.9,6). 
É um sinal de Deus queria para mim, é um privilégio divino (Ap.9,4; Ap.7,1-4; Ap.14,1 ). 
É um sinal dos remidos do Senhor, de ilibada, daqueles que confiam nEle, a quem identificar as crianças que sabem que são amados e precioso para Deus (Ez.9,6).
É a última letra do alfabeto hebraico (Sal.119 baixo). 
Na cruz de Jesus foi a condenação de criminosos, portanto, um símbolo de vergonha e escândalo. Os condenados por que foi amarrado a um pólo mãos atrás das costas; chegou ao local da execução, eles foram içadas em outro pólo verticalmente empurrados para o chão. A cruz TAU de Cristo, não é mais um símbolo de vergonha e derrota, torna-se um símbolo de um sacrifício pelo qual sou salvo.
É um símbolo da dignidade dos filhos de Deus, porque é a cruz que Cristo sofreu. É um sinal de que me lembra que eu devo ser muito forte nos testes, pronto para obedecer ao Pai e dócil em submissão, como foi Jesus antes de a vontade do Pai.
Geralmente é feita de madeira de oliveira, por quê? Porque a madeira é um muito pobre e dúctil; Os filhos de Deus são chamados a viver com simplicidade e na pobreza de espírito (Mt.5,3). A madeira é um material dúctil, que é facilmente trabalhado; até mesmo o cristão batizado, deve deixar-nos ser moldado na vida de todos os dias, a partir da Palavra de Deus, ser Voluntário do Seu Evangelho. Traga o TAU significa ter respondido SIM a minha vontade de Deus para me salvar, para aceitar sua proposta de salvação.
Que significa ser um pacificador, porque a oliveira é um símbolo de paz ("Senhor fazei de mim um instrumento de vossa paz" - St. Francis). St. Francis, com TAU abençoado e obtido muitas graças.Nós também podemos abençoar (veja bênção de São Francisco ou Nm.6,24-27). Bênção significa dizer bem, vai a bom para alguém.
No momento do nosso batismo, nós escolhemos para a madrinha e padrinho, começando agora a TAU, fazemos uma escolha livre por cristãos de fé madura.



Fonte: San Francisco


terça-feira, junho 16, 2015

O homem foi feito “à imagem e semelhança de Deus?”






O homem foi feito “à imagem e semelhança de Deus?”
 Tomás de Aquino explica.

Reflexões do Pe. Anderson Alves, Doutor em filosofia na Pontifícia Universidade da Santa Cruz em Roma e professor na Universidade Católica de Petrópolis, Brasil.
Rio de Janeiro, 05 de Junho de 2015 (ZENIT.org) Pe. Anderson Alves | 1758 visitas


Uma das afirmações bíblicas mais conhecidas e fonte do humanismo cristão diz que o homem foi feito “à imagem e semelhança de Deus”. Porém, qual seria o significado dessa expressão? “Imagem” e “semelhança” significam a mesma coisa ou há algo de específico em cada uma dessas noções? O homem, com o pecado, perdeu a imagem ou a semelhança com Deus? Santo Tomás de Aquino tratou com profundidade essas questões na sua Suma Teológica (I, q. 93, arts. 1-9) e vamos procurar expor o que ele disse numa série de textos.

Em primeiro lugar, parece que a expressão “à imagem e semelhança de Deus” não é muito adequada, pois São Paulo disse no Novo Testamento que somente Cristo é o primogênito de toda criatura e imagem perfeita de Deus (Col. 1, 15). Esse versículo parece fazer o antigo texto de Gênesis obsoleto.

Entretanto, a afirmação do Antigo Testamento, “façamos o homem a nossa imagem e semelhança” (Gn. 1, 26), não pode ser abandonada. É uma afirmação verdadeira e sempre válida. É preciso compreender o que distingue as noções de “imagem” e “semelhança” para compreender o sentido dos dois versículos bíblicos antes citados.

Segundo Santo Agostinho, “onde se dá a imagem se dá imediatamente a semelhança, mas onde há semelhança não há imediatamente imagem” (Octaginta trium quaest.). Isso significa que “semelhança” é essencial à imagem, fazendo parte daquela noção. “Imagem” então acrescenta algo ao conceito de “semelhança”: a noção de ser sido feito por outro. Uma imagem imita a outra coisa e depende sempre da coisa que imita. A imagem é, pois, uma semelhança que depende necessariamente de outro e deriva do ato de imitar. O exemplo que dá Santo Tomás é ilustrativo: um ovo pode ser semelhante a outro, sem ser imagem daquele. A imagem de um homem no espelho é semelhante ao homem, e procede necessariamente dele.

A imagem inclui em si a noção de semelhança e acrescenta a ela a ideia de ser dependente de outro. A noção de imagem, porém, não requer a igualdade. A imagem de uma pessoa pode ser refletida no espelho, o que não faz que haja igualdade total entre a pessoa e sua imagem. Porém, se houver a igualdade, diz-se que imagem é uma perfeita imitação do que foi representado. Sendo assim, o homem é imagem de Deus porque há certa semelhança de Deus nele. O homem, de fato, depende dele como sua causa última. Não há, porém, igualdade entre Deus e o homem, visto que Deus supera infinitamente o mesmo homem.

O homem, portanto, possui uma imagem imperfeita de Deus. Por isso Gen. 1, 26 diz que o homem foi criado “à imagem e semelhança de Deus”. “À” indica precisamente aproximação.

Jesus Cristo, por sua vez, é o primogênito de toda criatura e imagem perfeita de Deus (Col. 1, 15). Note-se que São Paulo diz que Jesus é Imagem de Deus, e não “à imagem”. Isso significa que o Filho possui uma semelhança perfeita com o Pai, pois ambos possuem a mesma natureza divina. Jesus Cristo, de fato, é “Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado não criado, consubstancial ao Pai” (Credo Niceno-constantinopolitano). Santo Tomás faz a seguinte comparação: em Jesus Cristo se dá a imagem de Deus assim como a imagem de um rei está presente no seu filho natural. A imagem de Deus no homem, por sua vez, se dá como a imagem de um rei na sua moeda.

Desse modo, fica esclarecido que o homem foi feito “à imagem e semelhança de Deus” e Jesus Cristo é a Imagem perfeita de Deus, pois quem o vê, vê o Pai (Jo. 14, 7).

(05 de Junho de 2015) © Innovative Media Inc.

segunda-feira, setembro 01, 2014

Os católicos adoram imagens?


O cavalo de batalha dos Protestantes é acusar os católicos de adorar imagens. Muitas vezes conseguem confundir os mais simples dizendo que Deus proibiu fazer imagens, etc. Vamos demonstrar aqui que Deus não proibiu fazer imagens, mas aliás mandou fazer.

Imagem: é a representação de um ser em seu aspecto físico. Assim imagem é uma fotografia, uma estátua, um quadro, etc.
Ídolo: é um falso deus, inventado pela fantasia humana (sol, lua, animais, etc.).

Adorar: é o ato de considerar Deus como o único criador e senhor do mundo.

Idolatria: é o ato de adorar o falso deus, ou seja, é considerar o falso deus como criador e senhor do universo.
Venerar: é imitar, honrar, louvar, homenagear, saudar, etc.
Deus proíbe a fabricação de ídolos, não de imagens. Lendo na Bíblia (Ex 20,1-5), percebemos que Deus proíbe severamente a fabricação de ídolos (falsos deuses) para serem colocados no lugar do Deus verdadeiro (criador do universo).

Quando as imagens não são para serem colocadas no lugar de Deus, isto é, quando as imagens não são para serem adoradas, então o mesmo Deus as manda fazer, e muitas. Exemplo das imagens que mandou fazer. Ler (Êxodo 25,18-20) (26,1-2; 37,7-9) (1 Reis 6,23-29) (1 Reis 6,32; 7,36; 8,7) (2 Crônicas3,10-14; 5,8) (Ezequiel 41,17-21) (Números 21,8-9) (1 Crônicas 28,18-19) (Números 7,89) (1 Samuel 4,4) (2 Samuel 6,2) (Hebreus 9,5)

O templo de Deus, construído ricamente pelo rei Salomão, estava cheio de imagens de escultura e Deus se manifestou nesse templo e o encheu de sua glória: (Ezequiel 41,17-20 - 43,4-6). Nesse templo havia até imagens gigantes: (1 Reis 6,23-35) (2 Crônicas 3,10-14) tinha ?a serpente de bronze, querubins de ouro, grinaldas de flores, frutos, árvores, leões?, etc. (Números. 21,9) (Êxodo 25,13) (Ezequiel 1,5; 10,20) (1 Reis 6,18,23; 7,36) (Números 8,4).

É bom lembrar que os primeiros Cristãos usavam imagens nos lugares de culto, nos cemitérios e nas catacumbas. Perseguidos, para auxiliar sua fé tão posta à prova, pintavam e esculpiam naqueles subterrâneos figuras representando Cristo e Sua Mãe Santíssima. O que mostra de passagem que o culto também à Mãe de Cristo é tão antigo quanto o próprio Cristianismo.

Ademais o fato de que Deus apareceu sob forma visível no mistério da encarnação parece um convite a reproduzir a face humana do Senhor e dos seus amigos. As primeiras imagens eram inspiradas pelo texto bíblico (cordeiro,bom pastor, peixe,Daniel, Moisés); mas podiam também representar o Senhor, a virgem Maria, os Santos Apóstolos e Mártires. Desde os inícios da arquitetura sacra as Igrejas foram enriquecidas com imagens tanto a título de instrução dos iletrados.

Então para que servem as imagens?
Elas contribuem para dar aos lugares de culto um aspecto sagrado, e convidam ao recolhimento e à oração (Êxodo 25,22) (1 Reis 6,23-28). Por isso, os querubins da Arca da Aliança não eram simples adornos. Lembravam ainda a mediação secundária dos Anjos (Hebreus 1,14), e integravam os objetos do culto.

Além desses casos, a Bíblia está cheia de ?imagens? e ?quadros? que o Artista Divino ?pintou? com letras Divinas. Esses quadros inspiraram os artistas humanos e escultores em seus lindos painéis esculturas ou imagens.

Nós Católicos, adoramos as imagens?
Não, quem o afirma ou não entende nada de Catolicismo, ou está mentindo e agindo contra a Bíblia. Que é então, que a Bíblia condena como Deuses mudos (Salmos 113,13) e imagens e esculturas de coisas do céu, da terra e das águas? (Êxodo 20,3-5). São os ídolos que os pagãos faziam para representar os seus falsos deuses (Romanos 1,23). De fato os gentios antigos adoravam como ?deuses? do céu a certos astros (Júpiter, Vênus, etc). E da terra a certas aves e quadrúpedes, e das águas a certos anfíbios (Êxodo 32,1-6), (Romanos 1,23).

Os Protestantes precisam entender que nossas imagens não são ídolos, mas recordações dos nossos irmãos na fé. Ídolo é tudo aquilo que toma o lugar de Deus. Assim, os maiores ídolos de hoje são: o poder, o prazer, as riquezas... Quando causam injustiça, exploração, corrupção, morte, etc.

É bom que fique bem claro que nós católicos, não adoramos a nenhuma imagem, nenhum objeto e nenhuma pessoa humana, pois a Igreja nunca ensinou nem mandou adorar a quem quer que seja; mas sempre ensinou em sua doutrina que devemos adorar unicamente Deus, que é o Pai, o Filho e Espírito Santo.

sexta-feira, agosto 15, 2014

O SINAL DA CRUZ



D. Estevão Bettencourt, osb.

Em síntese: A estima dos fiéis católicos ao sinal da Cruz está baseada nos escritos paulinos assim como na Tradição e na praxe contínua da Igreja. Nada tem em comum com ritos e símbolos do paganismo. A Cruz, instrumento de suplício outrora, foi santificada pelo Senhor Jesus, que dela fez a nova árvore da vida em réplica à árvore do paraíso perdida pelo pecado dos primeiros pais.

Tem-se espalhado um panfleto intitulado “O Sinal da Besta” e assinado pelo pastor Glauco Magalhães Filho, do Movimento Abatista. Ataca..., e ataca veementemente a prática do sinal da cruz assim como a imagem da cruz, muito freqüentes entre os fiéis católicos. O texto fortemente agressivo levou leitores de PR a sugerir uma resposta ao mesmo. É o que será apresentado nas páginas seguintes em tom sereno e objetivo.

1. Percorrendo o texto...

1.1. Para começar...

Logo no seu primeiro parágrafo escreve o autor:

“A Igreja Católica Romana tem promovido, desde muito tempo, o culto à cruz, a qual é vista pelos papistas como um amuleto e símbolo do cristianismo. É conhecida a oposição dos anabatistas à veneração da cruz, principalmente durante a Idade Média, quando diversos dos seus grupos (bogomilos, petrobrusianos, paulicianos e valdenses) foram torturados e mortos em virtude de seu protesto contra a idolatria”.

Estes dizeres sugerem reflexões.

Amuleto... A cruz seria, para os católicos, um amuleto. Ora, segundo o Dicionário de Aurélio, amuleto é um objetivo de efeitos mágicos ou um talismã. – Em resposta, deve-se dizer que nunca a Igreja atribuiu efeitos mágicos à Cruz do Senhor. O crucifixo e a cruz são objetos sobre os quais a Igreja profere sua oração, pedindo a Deus que aqueles que os usarem com fé e devoção, sejam cobertos de graças e bênçãos; tal é o conceito de sacramental; supõe sempre a fé e o amor de quem o utiliza.

Anabatistas na Idade Média? O autor julga que os anabatistas são discípulos de Lutero que levaram ao extremo as idéias do mestre, promovendo a revolta dos camponeses son Storch e Thomas Münzer entre 1522 e 1525: apregoavam o Batismo de adultos por não reconhecerem o de crianças; por isto rebatizavam adultos (aná em grego significa de novo). O movimento anabatista em nossos dias compreende todas as denominações que, a partir do século XVI, propugnam o Batismo de adultos apenas. Sobre a origem dos anabatistas e batistas ver PR 396?1995, pp. 215-225.

Os paulicianos eram uma seita dualista ou maniquéia, que admitia dois deuses: o deus bom, criador das almas, e o deus mau, criador do mundo material. Tiveram origem pouco depois da metade do século VII na Ásia Menor Oriental e na Armênia. O nome foi-lhes dado provavelmente pelos adversários, pois dedicavam especial veneração a São Paulo Apóstolo. O fundador da seita foi um certo Constantino (Silvano) de Cibossa. – Como se vê, os paulicianos não podem ser tidos como anabatistas, visto que professavam o dualismo ou o repúdio à matéria devida a um deus mau.

Os bogomilos (“amigos de Deus”) parecem derivar-se dos paulicianos. Também professavam um deus bom e outro mau. Tiveram origem no século X na Bulgária, e estenderam sua influência na direção do Ocidente; uniram-se aos paulicianos e deram origem ao movimento dualista cátaro na Itália Setentrional e na França do Sul.

Engana-se, pois, quem afirma que já na Idade Média existiam anabatistas representados por paulicianos e bogomilos. Estes sectários, aliás, recusavam o Batismo (e os sacramentos em geral) e não rebatizavam.

1.2. Ezequiel 9, 4

O Pr. Glauco, pouco adiante, diz que, para justificar o uso da cruz, os romanistas citam o seguinte versículo:

“Disse o Senhor a Ezequiel: “Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal a testa dos homens que estão suspirando e gemendo por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela” (Ez 9, 4).

A palavra sinal aí destacada é a letra hebraica tau, que corresponde à nossa letra T. O Catolicismo tenta ver nesse T, na testa, o sinal da cruz”.

Na verdade, o texto de Ezequiel é de pouca ou nenhuma importância para a devoção católica à Cruz. Esta tem valor para os católicos porque foi santificada pelo contato com Cristo, que dela fez o instrumento da Redenção humana ou a nova árvore da vida. Não é necessário recorrer ao Antigo Testamento para fundamentar a piedade católica em relação à Cruz de Cristo.

1.3. A cruz no ritual dos sacramentos

Continuando, afirma o autor do panfleto:

“A Bíblia diz o seguinte sobre o sinal da Besta:

“...E fez que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, lhe fosse posto um sinal na mão direita ou na testa” (Ap 13, 16).

Não é o sinal da cruz feito pelo sacerdote romanista na testa da criança através de pingos, por ocasião do sacramento católico do “batismo”? Quando alguém se crisma, o padre não faz com o óleo o sinal da cruz na fronte da pessoa? Na extrema-unção não se repete o sinal da cruz na fronte? Não fazem os católicos romanos o sinal da cruz na testa com o dedo?”.

O Pr. Glauco identifica gratuitamente o sinal da Besta do Apocalipse com a Cruz do Senhor. A sua argumentação carece de valor, pois não é fundamentada e sim inspirada por um preconceito cego e pouco científico.

1.4. A antiga arte cristã

Lê-se ainda no panfleto:

“Sobre os primeiros cristãos, o próprio catolicismo reconhece:

“A representação da morte redentora de Cristo no Gólgota não ocorre na arte simbólica dos primeiros séculos cristãos. Os cristãos primitivos, influenciados pela proibição de imagens esculpidas do Velho Testamento, relutaram em representar até mesmo o instrumento da Paixão do Senhor” (New Catholic Encyclopedia, 1967, vol. IV, p. 486)”.

Não é difícil desfazer s equívocos sugeridos por este texto.

Comecemos pela chamada “Cruz de Ercolano”. – Ercolano é uma antiga cidade romana situada perto de Nápoles aos pés do Vesúvio (Itália), que em 79 d. C. foi soterrada pelas cinzas vulcânicas do Vesúvio. No século XVIII começaram as escavações no local para averiguar o que foi recoberto pelas larvas. Encontrou-se então em 1937, na chamada Casa do Biocentenário, uma saleta, em cuja parede havia um espaço quadrado de estuque e dentro desse espaço uma cruz latina de dois braços, fixa à parede. O achado suscitou grandes surpresas e debates. Finalmente após meticuloso estudo, o diretor das escavações, Professor A. Maiuri, julgou poder chegar à conclusão de que se tratava de uma cruz cristã, datada de poucos decênios após a morte do Senhor Jesus.

Pode-se realmente crer que já naquela remota época havia cristãos em tal região, pois São Paulo em 61 desembarcou em Puzzuoli perto de Nápoles e foi recebido por uma comunidade de cristãos; cf. At 28, 14. Mais: frente à Cruz de Ercolano há um pequeno móvel, que alguns arqueólogos identificaram com um altar. Se tal interpretação é autêntica, como parece, verifica-se que a veneração da Cruz é praticada desde o século I da nossa era.

Deve-se, porém, reconhecer que, pelo fato de ser instrumento de suplício dos malfeitores, a Cruz não se encontra nos mais antigos monumentos cristãos. Todavia no hipogeu (sepultura subterrânea) dos Aurélios em Roma, datado de fins do século II ou começo do século III, acha-se um afresco que apresenta um personagem apontado respeitosamente para o sinal da Cruz.

Durante os três primeiros séculos, que foram de perseguição aos cristãos, encontram-se na arte cristã alguns símbolos que lembram veladamente a Cruz. Assim, por exemplo, a âncora, que representava, ao mesmo tempo, a Crus e a esperança decorrente da Cruz (Hb 6, 19). A âncora se encontra nos recintos mais antigos das catacumbas romanas ou cemitérios cristãos; está gravada em lápides de sepulcros ou pintada sobre monumentos que podem ser atribuídos ao século I.

O tridente, que tem semelhança com a Cruz, é um pouco menos antigo; foi símbolo dos cristãos assaz freqüente nos três primeiros séculos.

A conversão de Constantino ao Evangelho em seu leito de morte e a profissão de fé cristã dos Imperadores subseqüentes fizeram desaparecer o suplício da Cruz. Esta se tornou então unicamente sinal da Paixão vitoriosa do Senhor. Conscientes do seu valor, os cristãos ornamentaram a Cruz com plantas e pedras preciosas.

Quanto ao uso do sinal da cruz ou da persignação, é atestado também desde os primeiros séculos:

Assim, por exemplo, o escritor Tertuliano (+ pouco antes de 220) atesta:

“Quando nos pomos a caminhar, quando saímos e entramos, quando nos vestimos, quando nos lavamos, quando iniciamos as refeições, quando nos vamos deitar, quando nos sentamos, nessa ocasiões e em todas as nossas demais atividades, persignamo-nos a testa com o sinal da Cruz” (De corona militis 3).

Diz ainda Hipólito de Roma (+ 235/6), descrevendo as práticas dos cristãos do século III:

“Marcai com respeito as vossas cabeças com o sinal da Cruz. Este sinal da Paixão opõe-se ao diabo e protege contra o diabo, se é feito com fé, não por ostentação, mas em virtude da convicção de que é um escudo protetor. É um sinal como outrora foi o Cordeiro verdadeiro; ao fazer o sinal da Cruz na fonte e sobre os olhos, rechaçamos aquele que nos espreita para nos condenar” (Tradição dos Apóstolos 42).

As Atas dos Mártires, por sua vez, dão a saber que os mártires se persignavam com o sinal da Crus antes de enfrentar a luta final.

Aliás, a estima dos cristãos pela Cruz de Cristo, feita nova árvore da vida e instrumento da Redenção humana, tem seu fundamento nos próprios escritos do Novo Testamento, como se depreenderá de quanto segue.

2. A Fundamentação Bíblica

Escreve São Paulo:

“Quanto a mim, não aconteça gloriar-me senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por quem o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo” (Gl 6, 14).

Como se vê, o Apóstolo fala de gloriar-se na Cruz de Cristo, que é motivo de sua ufania.

Na sua pregação o Apóstolo se referia à Cruz do Senhor como ponto central da mensagem, não por ser a Cruz instrumento de morte, mas por ter sido a réplica da árvore da vida perdida pelo pecado no paraíso. A Cruz gloriosa é o símbolo da Páscoa ou da vitória da Vida sobre a morte:

“Cristo me enviou... para anunciar o Evangelho sem recorrer à sabedoria da linguagem, a fim de que não se esvazie a Cruz de Cristo. Com efeito, a linguagem de Cruz é loucura para aqueles que se perdem, mas para aqueles que se salvam, para nós, é poder de Deus” (1Cor 1, 17s).

“Os judeus pedem sinais, e os gregos andam em buscam de sabedoria. Nós, porém, anunciamos Cristo crucificado, que para os judeus é escândalo, para os gentios é loucura, mas para aqueles que são chamados, tanto judeus como gregos, é Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus. Pois o que é loucura de Deus é mais sábio do que os homens, e o que é fraqueza de Deus é mais forte do que os homens” (1Cor 1, 22-25).

“Ó gálatas insensatos, quem vos fascinou, a vós ante cujos olhos foi desenhada a imagem de Jesus Cristo crucificado?” (Gl 3, 1).

Estes textos evidenciam como a pregação do Apóstolo enfatiza o valor da Cruz de Cristo como mensageira de salvação.

De resto, ao cristão toca não somente o dever de venerar a Cruz do Senhor, mas também o de configurar sua vida à do Crucificado, carregando diariamente a cruz com Jesus:

Mt 10, 38: “Aquele que não toma a sua cruz e me segue, não é digno de mim”. Cf. Mc 8, 34; Lc 9, 23; 14, 27.

Mt 16, 24: “Disse Jesus aos seus discípulos: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”.

Gl 2, 19: “Pela Lei morri para a Lei, a fim de viver para Deus. Fui crucificado com Cristo”.

Gl 5, 24: “Os que são de Cristo Jesus, crucificaram a carne com suas paixões e suas concupiscências”.

Gl 6, 14: “Quanto a mim, não aconteça gloriar-me senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por quem o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo”.

O sinal da Cruz é o sinal dos cristão ou o sinal do Deus vivo; cf. Ap 7, 3.

Em conclusão, pode-se dizer: estes elementos de literatura bíblica, história e arte antiga atestam sobejamente que a Cruz, como símbolo cristão, é algo de genuinamente neotestamentário. Seu valor de sinal sagrado, típico do discípulo de Cristo, já é incutido pelos Evangelistas e por São Paulo. A vivência e a iconografia dos cristãos, desde o século I, deram a este símbolo sagrado um lugar de escol entre as expressões da fé cristã. Donde se vê que é totalmente descabida a teoria de que a Cruz é um símbolo pagão introduzido por influência do paganismo na Igreja e destinado a ser eliminado do uso dos cristãos. Rechaçar a Cruz de Cristo é rechaçar o símbolo da Redenção e da esperança dos cristãos.

Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS”
D. Estevão Bettencourt, osb.
Nº 447 – Ano 1999 – Pág. 338.

terça-feira, agosto 05, 2014

A verdade sobre as imagens - DESMENTINDO PROTESTANTE.


“Não fareis ídolos. Não levanteis estátuas nem estelas (pedras com inscrição ou escultura), e não poreis em vossa terra pedra alguma adornada de figuras, para vos prostrardes diante dela, porque eu sou o Senhor, vosso Deus.” (conf. Levítico 26,1).
De fato nossos irmãos estão parcialmente corretos. A bíblia condena expressamente a fabricação de ídolos. Ídolo é um falso deus, algo ou alguém que é colocado ou se coloca no lugar do verdadeiro Deus. Qualquer coisa pode se tornar um ídolo. Dinheiro, ou a busca incessante da prosperidade, ou ainda, a felicidade e a benção de Deus acontece somente se você é próspero financeiramente ou se não tem doença alguma. Ora, isto sim é contrariar as ordens de Deus.
Imagens são apenas representações artísticas, com objetivo único de embelezar, nos fazer lembrar de pessoas que são um exemplo para nós. O ato de ajoelhar-se diante das imagens não significa adoração e sim homenagem. Nenhum católico acredita que as imagens tenham algum poder sobrenatural, ou que vai falar, andar ou dançar.
É comum dizerem que nossas Igrejas católicas são amaldiçoadas porque tem imagens, ou até mesmo, qualquer lugar que tenha em seu interior alguma imagem. Chegando ao cúmulo de algumas pessoas não entrarem nestes lugares por “medo” destas imagens. Interessante notar que o Templo de Jerusalém, construído pelo rei Salomão, continha muitas representações de anjos ou animais:
“Para o interior do Santo dos Santos, mandou esculpir dois querubins e os revestiu de ouro.” (conf. 2 Crônicas 3,10-14). Havia esculturas de Bois e flores (conf. 2 Crônicas 4,3-5) e continua “Quando Salomão terminou essa prece, desceu fogo do céu e consumiu o holocausto com os sacrifícios; e a glória do Senhor encheu o templo. Os sacerdotes não podiam entrar no templo do Senhor, tanta era a glória que enchia o edifício.” (conf. 2 Crônicas 7,1-2). Onde está a maldição?
“Farás dois querubins de ouro; e os farás de ouro batido, nas duas extremidades da tampa, um de um lado e outro de outro, fixando-os de modo a formar uma só peça com as extremidades da tampa. Terão estes querubins suas asas estendidas para o alto, e protegerão com elas a tampa, sobre a qual terão a face inclinada.” (Êxodo 25,17-20)
“Ali virei ter contigo, e é de cima da tampa, do meio dos querubins que estão sobre a arca da aliança, que te darei todas as minhas ordens para os israelitas.” (Êxodo 25,22)
Deus serviu-se de imagens para manifestar a sua glória. Os querubins não eram ídolos como as nossas imagens católicas também não são ídolos. Não vale o mesmo critério para nossas representações humanas? Nossos Santos e anjos? Desde os primórdios do Cristianismo, nossos antepassados católicos pintaram e esculpiram imagens de Maria, Jesus, Santos e Anjos. A mais antiga representação da Virgem Maria é datada do século III em Roma e é uma das mais antigas da arte Cristã.
O grande Santo e Doutor da Igreja São João Damasceno (749), foi muito perseguido por ser o principal defensor do uso de imagens para adornos nas Igrejas da época. Disse:
“A beleza e a cor das imagens estimulam a minha oração. É uma festa para meus olhos, tanto quanto o espetáculo do campo estimula meu coração a dar glória a Deus”
O Papa Adriano I (772/795) no Concílio de Nicéia, realizado em 787, a fim de dar um pronunciamento oficial e dirimir quaisquer dúvidas divulgou o seguinte:
“Na trilha da doutrina divinamente inspirada dos nossos santos Padres, e da Tradição da Igreja Católica, que sabemos ser a tradição do Espírito Santo que habita nela, definimos com toda a certeza e acerto que as veneráveis e santas imagens, bem como a representação da cruz preciosa e vivificante, sejam elas pintadas, de mosaico ou de qualquer outra matéria apropriada, devem ser colocadas nas santas igrejas de Deus, sobre os utensílios e as vestes sacras, sobre paredes e em quadros, nas casas e nos caminhos, tanto a imagem de Nosso Senhor, Deus e Salvador, Jesus Cristo, quanto à de Nossa Senhora, a puríssima e santíssima mãe de Deus, dos santos anjos, de todos os santos e dos justos” (Catecismo da Igreja Católica, nº 1161)
Portanto, devemos tomar muito cuidado, principalmente no que diz respeito à interpretação da sagrada escritura. Não podemos tomar uma posição radical e fundamentalista em detrimento dos fatos históricos já que na própria Bíblia temos a seguinte recomendação de São Pedro:

“Nelas há algumas passagens difíceis de entender, cujo sentido os espíritos ignorantes ou pouco fortalecidos deturpam, para a sua própria ruína, como o fazem também com as demais Escrituras” (2 Pe 3,16).
As imagens, esculturas, pinturas sempre foram uma forma de expressar o testemunho de fé do cristão católico. Muitos que não sabiam ler aprenderam sobre os evangelhos através de desenhos e representações. Após mais de 2000 anos os católicos nunca deixaram de adorar a Santíssima Trindade, onde Deus é único e Soberano.


quinta-feira, julho 17, 2014

Católicos adoram Imagens ?

Alegam os nossos irmãos Protestantes: "Os Católicos praticam a idolatria, fazendo e adorando imagens, o que Deus proíbe na bíblia, dizendo:
"Ex 20, 4: "Não farás para ti imagem esculpida de nada que se assemelhe ao que existe lá em cima, nos céus, ou embaixo na terra, ou nas águas que estão debaixo da terra."
Comentário:
Ora, nossos irmãos cometem um equívoco na interpretação da palavra de Deus, quando dizem que Deus teria proibido fazer imagens, pois como poderia Deus ter proibido fazer imagens em um capítulo de um livro da bíblia, e logo a frente no mesmo livro e em outros livros ter mandado fazer, várias vezes, o que teria proibido "terminantemente" fazer, isto é, imagens, vejamos:
Ex 25, 18-20: "Farás dois querubins de ouro, de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório; faz-me um dos querubins numa extremidade e o outro na outra; farás os querubins formando um só corpo com o propiciatório, nas duas extremidades. os querubins terão as asas estendidas para cima e protegerão o propiciatório com suas asas, um voltado para o outro. as faces dos querubins estarão voltadas para o propiciatório.";
Nm 21, 8-9: "E Iahweh respondeu-lhe: faz-me uma serpente abrasadora e coloca-a em uma haste. Todo aquele que for mordido e a contemplar viverá. Moisés, portanto, fez uma serpente de bronze e a colocou em uma haste; se alguém era mordido por uma serpente, contemplava a serpente de bronze e vivia."
I Rs 6, 23-35: "No debir, ele fez dois querubins de oliveira selvagem..., mandou esculpir figuras de querubins, palmas e flores. Cobriu de ouro o pavimento do templo, no interior e no exterior...";
I Rs 7, 29: "Sobre as molduras que estavam entre as travessas havia leões, touros e querubins...".

Perguntamos:
Seria Deus incoerente proibindo aos homens de fazer imagens e logo depois, por mais de uma vez, mandando fazer várias imagens? Teria Deus se esquecido de ter proibido o povo de fazer imagens?

Respondemos:
Não… O que ocorre é um erro de entendimento da palavra de Deus por parte dos nossos irmãos Protestantes, ocasionado pela leitura isolada do versículo 4 do capítulo 20, do livro do Êxodo, não levando em conta o restante da bíblia. Vejamos o verdadeiro sentido bíblico desta proibição, ou seja, qual a intenção de Deus:
Ex 20, 1-6: "Deus pronunciou todas estas palavras dizendo: eu sou Iahweh teu Deus, que te fez sair da terra do Egito, da casa da escravidão. Não terás outros Deuses diante de mim. Não farás para ti imagem esculpida de nada que se assemelhe ao que existe lá em cima, nos céus, ou embaixo na terra, ou nas águas que estão debaixo da terra. Não te prostrarás diante desses Deuses e não os servirás, porque eu, Iahweh teu Deus, sou um Deus ciumento, que puno a iniqüidade dos pais sobre os filhos até a terceira e quarta geração dos que me odeiam, mas que também ajo com amor até a milésima geração para aqueles que me amam e guardam os meus mandamentos."
Comentário:
O que Deus proibiu não foi simplesmente fazer ou construir imagens, mas sim fazer ou construir imagens e adorá-las como se fossem Deus!
Ex 34, 14: "Não adorarás outro Deus..."
Ex 34, 17: "Não farás para ti `Deuses` de metal fundido."
Cabe aqui um esclarecimento para melhor compreensão: No antigo testamento, cada povo tinha o seu `Deus` e o representava através de uma imagem que faziam, imaginando, isto é, inventando, criando a sua forma. por isso , naquele tempo, se tinha a crença de que o povo que tivesse o `Deus` mais poderoso, venceria a batalha. O povo de Israel , quando foi tirado do Egito por Deus, corria o risco de incorrer no mesmo erro, isto é, `criar` uma imagem de `Deus` e adorá-la (a imagem). porém o povo de Israel não precisava e não devia fazer isto, pois o Deus verdadeiro estava com eles e mais do que isso, combatia por eles e os guiava. mas mesmo assim, alertados e proibidos para não fazerem isto, incorreram nesta falta grave, vejamos:
Ex 32, 1-5: "Quando o povo viu que Moisés tardava em descer da montanha, congregou-se em torno de Aarão e lhe disse: `Vamos, faz-nos um `Deus` que vá à nossa frente, porque a esse Moisés, a esse homem que nos fez subir da terra do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu.` Aarão respondeu-lhes: `Tirai os brincos de ouro das orelhas de vossas mulheres, de vossos filhos e filhas, e trazei-mos`. Então todo o povo tirou os brincos e os trouxeram a Aarão. este recebeu o ouro das suas mãos , o fez fundir em um molde e fabricou com ele uma estátua de bezerro. então exclamaram: `este é o teu `Deus`, ó Israel, o que te fez subir da terra do Egito.` quando Aarão viu isso, edificou um altar diante da estátua e fez esta proclamação: `Amanhã será festa para Iahweh".
Vejamos agora exemplos de "deuses" dos povos estrangeiros:
I Sm 5, 1-4: "Assim que os filisteus se apossaram da arca de Deus, levaram-na de Ebenezer a Azoto. os filisteus pegaram a arca de Deus e a introduziram no templo de Dagon e a depositaram ao lado de Dagon. Quando os azotitas se levantaram na manhã do dia seguinte e vieram ao templo de Dagon, eis que Dagon estava caído, com o rosto em terra, diante da arca de Iahweh. tomaram Dagon e o puseram novamente em seu lugar. mas quando se levantaram muito cedo na manhã seguinte, eis que Dagon estava caído com o rosto no chão diante da arca de Iahweh, e a cabeça de Dagon e as duas mãos, cortadas jaziam à entrada. só o tronco de Dagon restava no seu lugar.";
At 17, 16.22-23: "Enquanto os esperava em Atenas, seu espírito, inflamava-se dentro dele, ao ver cheia de ídolos a cidade. De pé, então no meio do Areópago, Paulo falou: Cidadãos atenienses! vejo que, sob todos os aspectos, sois os mais religiosos dos homens. Pois, percorrendo a vossa cidade e observando os vossos monumentos sagrados, encontrei até um altar com a inscrição : `ao Deus desconhecido`, ora bem, o que adorais sem conhecer, isto venho eu anunciar-vos."
Comentário:
Nos séculos VIII/IX desencadeou-se na igreja a disputa em torno do uso das imagens ou a luta Iconoclasta, como ficou conhecida. por influxo do Judaísmo, do Islamismo, de seitas e de antigas heresias cristológicas, muitos cristãos do oriente negaram a legitimidade do culto das imagens. Os imperadores bizantinos tomaram parte na controvérsia mais por motivos políticos do que por razões religiosas. Desencadeada sob o imperador leão isáurico (717-741), a disputa foi levada ao concílio de Nicéia II (787), que , na base das explanações de grandes teólogos como S. João Damasceno (+ 749) , reafirmou a validade do culto de veneração (não adoração) tributado às imagens. Com efeito, o Concílio distinguiu entre Latréia (adoração), devida somente à Deus, e Proskýnesis (veneração), tributável aos santos e também às imagens sagradas na medida em que estas representam os santos ou o próprio Senhor; o culto às imagens é portanto , relativo; só se explica na medida em que é oferecido indiretamente àqueles que as imagens representam. assim se pronunciaram os bispos no Concílio de Nicéia II: "...quanto mais os fiéis contemplarem essas representações, mais serão levados a recordar-se dos modelos originais, a se voltar para eles, a lhes testemunhar... Uma veneração respeitosa sem que isto seja adoração, pois esta só convém, segundo a nossa fé, a Deus".
Vejamos o que a bíblia nos fala a respeito destas decisões tomadas pela igreja de Deus (sempre iluminada e conduzida pelo Espírito Santo de Deus):
At 16, 4-5: "Ao passarem pelas cidades, transmitiam-lhes, para que as observassem, as decisões sancionadas pelos apóstolos e anciãos de Jerusalém. assim as Igrejas eram confirmadas na fé e cresciam em número, de dia para dia."
Pergunta-se: Quem são os legítimos sucessores dos Apóstolos?
Respondemos: Os Bispos consagrados na única Igreja fundada por Jesus Cristo, nosso Senhor e salvador, a Igreja Católica e Apostólica, confiada a Pedro que foi o primeiro Bispo de Roma!
Para concluirmos esta palestra, gostaríamos de citar e lembrar aos católicos e, principalmente aos nossos irmãos separados, as seguintes citações bíblicas:
1) Ef 4, 25-27: "Por isso abandonai a mentira e falai a verdade cada um ao seu próximo, porque somos membros uns dos outros. Irai-vos, mas não pequeis: não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo.";
2) I Pd 1, 15-16: "Antes, como é Santo aquele que vos chamou, tornai-vos também vós santos em todo o vosso comportamento, porque está escrito: sede santos, porque Eu sou Santo."
3) Jo 8, 32: "E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.".
Dom Estêvão Bettencourt
Fonte: Dicionario da Fé